Profissionais de cibersegurança relatam burnout e depressão

A cibersegurança já é considerada vital tanto para governos, quanto para empresas. Apesar disso, a área responde pelo maior déficit dentro da tecnologia da informação. E mesmo pagando altos salários, muitos profissionais se queixam da grande pressão e relatam casos de crises e afastamentos por esgotamento mental por causa do trabalho.

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Burnout não é raro entre profissionais da cibersegurança

Quem atua no ramo precisa proteger dados e informações sensíveis.Além de evitar possíveis ataques cibernéticos, cada vez mais comuns no mundo.Por isso, os profissionais convivem com prazos extremamente curtos para projetos, acúmulo de demandas e funções, responsabilidade extrema em garantir a segurança de empresas e dados sensíveis protegidos, promoção informal de trabalhadores iniciantes a cargos seniores e lideranças tóxicas.A coordenadora de infraestrutura e segurança Divina Naiara Vitorino, de 34 anos, trabalha na área desde 2020 e diz que a busca pelo ramo aumentou recentemente. “Todo mundo começou a olhar para ela, se tornando o coração das empresas. O nível de cobrança passou a ser alto”, afirmou à reportagem do G1.“Essa pressão realmente existe e pode fazer você desenvolver uma síndrome do impostor, burnout ou até mesmo repensar se vale a pena continuar”, observa Vagner Gonçalves Martins, de 21 anos, analista de segurança júnior e está na área desde 2021.Já a gaúcha Roberta Robert, de 34 anos, trabalha no ramo desde 2010 e hoje é líder em engenharia de segurança em uma multinacional.“A rotação rápida de projetos é um ponto muito difícil e isso afeta a nossa saúde. Ainda este ano, eu pensei em desistir pelo estresse. Todo mundo conhece alguém que teve burnout ou crise de pânico, ou depressão”, conta.

Necessidade de assistência psicológica

Um estudo da consultoria Gartner revela que, até 2025, 25% dos líderes de cibersegurança irão mudar de emprego devido ao estresse no local de trabalho.“O impacto psicológico afeta diretamente a qualidade de suas decisões, assim como o desempenho desses gestores e de suas equipes. Os profissionais de cibersegurança estão enfrentando níveis insustentáveis de esgotamento mental”, diz Deepti Gopal, diretor e analista do Gartner.Para Roberto Cruz, professor e pesquisador da saúde do trabalhador da Universidade Federal de Santa Catarina, o trabalhador de cibersegurança também está sensível ao burnout devido à necessidade de enfrentar violações, falhas, incidentes e por lidar com questões judiciais.Ele destaca que além da alta remuneração paga, os profissionais precisam de assistência psicológica.“Eles estão sempre no desgaste de lidar com o risco do defeito. É óbvio que aumentam as preocupações. A carga de resposta de reatividade emocional e psicologia é muito alta”, observa ele.

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