Cibercrime: Alemanha terá prejuízo de bilhões pelo 3° ano seguido
De acordo com análise da associação digital alemã Bitkom, organização que oferece serviços de digitalização para modelos de negócios, ações cibercriminosas devem custar à Alemanha 206 bilhões de euros (US$ 224 bilhões) em 2023. Segundo o relatório, divulgado nesta sexta-feira (1), este será o terceiro ano consecutivo em que o país ultrapassa a marca de 200 bilhões em danos.
O que você precisa saber:
A Bitkom conversou com mais de mil empresas para determinar o valor do prejuízo e os principais tipos de crimes digitais; A análise apontou como destaque o roubo de equipamentos e dados de TI, bem como a espionagem e sabotagem digital e industrial; O estudo pontuou, no entanto, que cerca de três quartos das empresas pesquisadas sofreram ataques digitais nos últimos 12 meses, contra 84% das empresas no ano anterior — uma ligeira diminuição.
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A economia alemã é um alvo altamente atraente para criminosos e estados hostis. As fronteiras entre o crime organizado e os atores controlados pelo Estado são confusas.
Ralf Wintergerst, presidente da Bitkom.
Quando questionados se “os ataques cibernéticos ameaçam a existência do seu negócio”, pela primeira vez mais de metade das empresas, ou 52%, disseram “sim”. Há um ano esse número era de 45% e há dois anos era de 9%, segundo a pesquisa.
Conforme divulgado pela Reuters, das empresas que sofreram ataques, 70% tiveram dados sensíveis roubados — um aumento de 7% em relação ao ano anterior. Da mesma forma, 61% das empresas tiveram as suas comunicações digitais espiadas — aumento de 4% no ano.
Nossa resposta a esta ameaça crescente é fortalecer significativamente a cooperação com nossos parceiros, a rápida detecção e reação aos ataques, bem como a adaptação contínua dos nossos mecanismos de defesa.
Sinan Selen, presidente do Escritório Federal para a Proteção da Constituição.
Vale lembrar que a Alemanha é o terceiro país do mundo em número de ataques de hackers contra empresas, ela perde apenas para EUA e Reino Unido. O Brasil performa em quinto nessa escala, segundo levantamento de 2021 da consultoria alemã Roland Berger.
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