Motorola Razr 40: belíssimo intermediário dobrável | Review

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Junto do Razr 40 Ultra, a Motorola resolveu manter o visual mais próximo da geração passada e assim criou um intermediário para quem quer um celular dobrável e não tem bolso tão fundo assim. Com isso ela desenvolveu o Motorola Razr 40, sem sufixo depois do número.

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Por fora ele é basicamente um concorrente para o Galaxy Z Flip 4 de 2022, ao entregar tela bem pequena que serve apenas para detalhes mínimos, mas por dentro resolve dilemas destes aparelhos como o espaço entre cada um dos lados quando dobrado, tela flexível e processador para dar conta de literalmente tudo que você quiser.

Eu passei as últimas semanas com este celular no bolso e conto minha experiência com o que podemos dizer que é o primeiro intermediário dobrável do Brasil. Será que o Motorola Razr 40 faz sentido com o Galaxy Z Flip 4 no mercado ainda? Vem comigo nos próximos parágrafos.

Design

Eu falei que o Razr 40 é um celular intermediário por diversas vezes e ele realmente é, mas por fora você não nota isso. O dobrável da Motorola tem bordas em metal e tampas externas em couro vegano, que é o nome bonito para um plástico bem acabado e com textura emborrachada.

Motorola Razr 40 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Eu só fico com medo desta aderência que em alguns produtos tende a fazer o plástico rugoso “derreter” com o passar dos anos. Como ficamos com o celular por no máximo 20 dias, é impossível testar este tipo de ocorrência.

Agora, para além do material de acabamento, eu recebi a versão lilás do Motorola Razr 40 e achei todo o conjunto muito bonito. A parte em metal é bastante firme e com tonalidade mais escura. Diferente do Galaxy Z Flip 4, este dobrável não deixa qualquer área visível quando fechado e isso envolve duas coisas: fica mais elegante e ajuda a deixar a poeira mais distante.

Se por um lado o Razr 40 é bonito e resistente ao ficar mais fechado, por outro ele continua sem proteção elevada contra água. O celular tem certificação IP52 e isso significa que ele não vai morrer em uma chuva leve, mas não sobreviverá em mergulhos acidentais ou não.

Motorola Razr 40 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

A dobradiça me pareceu bastante firme, melhor que do Galaxy Z Flip 4 até. Ela fica parada em muitos dos ângulos que você quiser, deixando o conjunto imóvel quando em uma superfície lisa. O ponto é que em alguns testes os dobráveis da Motorola quebraram antes da concorrente Samsung após algumas milhares de aberturas e fechamentos.

Eu não senti nenhum problema, mas certamente nestas semanas não ultrapassei centenas de acionamentos. Na verdade eu nunca parei para ver quantas vezes abro e fecho o celular. O importante é que não notei barulho algum neste processo, então perfeito.

Por fora, em dados técnicos, temos duas câmeras com 64 e 13 megapixels, tela secundária em OLED de 1,5 polegada e que serve somente para notificações e widgets como previsão do tempo, player de música e agenda de compromissos, nada além disso.

Motorola Razr 40 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

A única função extra é a mesma esperada para qualquer dobrável com algum tipo de display externo: fazer selfies com o sistema de câmeras externas, com qualidade muito superior ao que existe na parte interna.

Câmeras

Pulando para as câmeras, temos dois sensores na parte externa, o principal com 64 megapixels e o secundário tem 13 megapixels para ultrawide. Como a resolução do primeiro é enorme, a Motorola agrupa quatro pixels para gerar apenas um e a imagem final tem 16 megapixels por padrão.

Motorola Razr 40 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Durante o dia eu encontrei pouco ou nenhum ruído presente nas imagens, com cores bastante realistas e nada exageradas. O contraste também me chamou atenção, deixando o HDR lidar muito bem com áreas mais escuras enquanto não estourava as mais claras como consequência do seu trabalho.

Foto com a lente principal do Razr 40 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Foto com a lente ultrawide do Razr 40 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

A quantidade de detalhes nos registros da câmera principal é o maior que já percebi em um celular intermediário, muito provavelmente aparecendo aqui por conta do Razr 40 agrupar quatro pixels em um só. Isso acaba aumentando não somente a nitidez da foto, mas também a quantidade de luz que entra.

Foto com a lente principal do Razr 40 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Foto com a lente ultrawide do Razr 40 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

A lente ultrawide também produziu boas fotos durante o dia, com quantidade razoável para um sensor que tem quase cinco vezes menos resolução ao exibir 13 megapixels no lugar de 64. Por aqui existe controle de foco automático e isso significa que você ganha uma opção para macro com boas imagens.

Foto com a lente principal do Razr 40 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Foto com a lente ultrawide do Razr 40 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

De noite a lente principal fez bem seu trabalho de ligar o modo noturno automaticamente. Luzes ficaram presentes sem exagero, as cores não foram perdidas e mesmo quando o local era muito escuro, como o túnel do metrô, o resultado foi interessante para quando você precisa segurar a respiração por quase cinco segundos. É como se um farol fosse ligado.

Foto com a lente principal do Razr 40 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Foto com a lente principal do Razr 40 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Foto com a lente principal do Razr 40 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Já as selfies podem e devem ser feitas com a câmera principal, pela qualidade que falei nos parágrafos acima. É preciso lembrar de um detalhe: sempre que você fizer o uso da tela externa como retorno, as selfies serão feitas na vertical e isso é excelente para redes sociais, mas podem deixar algumas pessoas irritadas.

Selfie com a lente principal do Razr 40 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Tela

Abrindo o Razr 40, temos um display de 6,9 polegadas em plástico flexível com painel LTPO OLED de resolução Full HD, em atualização de 144 Hz. Por aqui temos uma tela com taxa menor que os 165 Hz do Razr 40 Ultra, mas você sequer nota alguma mudança – vai perceber é a bateria sendo consumida com menor intensidade.

Em ambos os casos, eu notei que nos testes o Android não ultrapassa 120 Hz e a visualização é excelente. O valor mínimo gerado foi de 10 Hz, o que ajuda muito na economia de bateria.

Motorola Razr 40 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Já na qualidade da imagem, temos cores muito bem representadas, brilho elevado e o contraste está no esperado para um painel que não é mais LCD. A marca na tela onde fica a dobradiça é perceptível, mas com o tempo você se acostuma e para de notar que tem um pequeno calombo ali.

Desempenho

Por dentro o Snapdragon 7 Gen 1 faz o trabalho de um intermediário mais forte, com 8 GB de RAM na unidade de testes e 256 GB de espaço interno. Assim como praticamente todo Android moderno, é possível emprestar um pouco da ROM para que a RAM aumente em mais 2 GB, totalizando 10 GB.

Este chip é poderoso, mas ele não é tão moderno quanto o Snapdragon 7+ Gen 2 que já está disponível no mercado desde antes do lançamento do Razr 40. Tudo bem que este celular não é focado em jogos e ele deixa claro isso o tempo todo, mas dá a sensação de componente defasado e que perde bastante em poder bruto quando comparado co Razr 40 Ultra.

MyUX no Razr 40 (Imagem: reprodução/Olhar Digital)

Agora, pensando no cotidiano que envolve redes sociais, navegar em sites, ver vídeos e um Google Maps da vida, o Snapdragon 7 Gen 1 entrega tudo que você espera de forma instantânea. Ter até 10 GB de RAM (8 GB + 2 GB) ajuda muito neste quesito e eu me senti confortável.

Depois, olhando para a MyUX que a Motorola usa faz tempo e que é basicamente o Android 13 puro, dá pra entender um fôlego extra. Essa interface parece pesar bem menos quando comparada com a One UI do Galaxy Z Flip 4. Muito provavelmente a Motorola acelerou as animações, ponto que também colabora para o sentimento de “está rápido”.

App Moto (Imagem: reprodução/Olhar Digital)

Bateria

Tudo isso é alimentado por 4.200 mAh de bateria, com autonomia dentro de esperado para um dobrável: pouco. Se você está acostumado com um celular tradicional, qualquer flexível vai te entregar menos tempo longe da tomada e o Razr 40 não é exceção.

Comparando ele com o Motorola Razr 40 Ultra, temos mais bateria, mas a eficiência energética do Snapdragon 7 Gen 1 é inferior ao que existe no irmão mais forte. Por isso a autonomia ficou parecida, com alguma energia sobrando no final do dia. No carregador, o Razr 40 suporta até 30 watts e eu consegui chegar até 59% de carga novamente, partindo do zero, em meia hora de tomada.

Motorola Razr 40 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Motorola Razr 40: vale a pena?

Não sei, até por conta do único concorrente no Brasil ser o Galaxy Z Flip 4 e ele é superior ao Razr 40 em todo ponto que posso pensar. As câmeras resultam imagens melhores, a tela externa tem mais usos, a memória interna é mais veloz, o chip é muito mais potente e eficiente ao nem ser intermediário e ele só perde na quantidade de energia da bateria.

Motorola Razr 40 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Temos também a proteção contra água no Galaxy Z Flip 4, permitindo que você faça fotos dentro da piscina, algo impossível com o Razr 40. Como seu sucessor já está no mercado, eu encontro ele por valores girando nos R$ 4 mil, mais de R$ 1 mil mais barato que o dobrável da Motorola.

O Razr 40 está longe de ser ruim, ele é elegante, competente, tira boas fotos, mas o problema é a concorrência fazendo tudo melhor e custando menos. Neste cenário, só consigo recomendar o novo dobrável quando o Galaxy Z Flip 4 não for mais barato.

Motorola Razr 40: ficha técnica

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