UE investigará aumento de importações de elétricos da China 

A Comissão Europeia lançou na quarta-feira (13) uma investigação sobre a crescente importação de veículos elétricos (EVs) da China. Segundo a autoridade econômica, a possibilidade de impor tarifas punitivas para proteger os produtores da Europa será avaliada. 

O que você precisa saber: 

Segundo a Reuters, a Comissão terá até 13 meses para avaliar se deve impor tarifas acima da taxa padrão de 10% da UE; A investigação abrange também marcas não chinesas fabricadas na Europa, como Tesla, Renault e BMW; A iniciativa de investigação do bloco é incomum, visto que geralmente ações do tipo só ocorrem após reclamações oficiais da indústria. 

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Os mercados globais estão agora inundados com carros elétricos mais baratos. E o seu preço é mantido artificialmente baixo por enormes subsídios estatais. 

Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia. 

A Comissão apresentou dados de que a participação da China nos EVs vendidos na Europa aumentou para 8% e poderá atingir 15% em 2025, isso com preços normalmente 20% inferiores aos dos modelos fabricados na UE. Dados da China Passenger Car Association (CPCA) mostraram que as exportações de automóveis da China aumentaram 31% em agosto.

A investigação da UE poderá acarretar impactos significativos no mercado e nos fabricantes chineses de EVs. A Câmara de Comércio Chinesa para a UE se pronunciou sobre o lançamento da investigação, dizendo ser contrária a ação. Ela pontuou também que sua vantagem competitiva não se deve aos subsídios. 

Em comunicado divulgado nesta quinta-feira (14), o Ministério do Comércio chinês acrescentou que a China “acredita que as medidas de investigação propostas pela UE visam proteger a sua própria indústria em nome da ‘concorrência leal’ e terão um impacto negativo nas relações econômicas e comerciais China-UE”. 

[É] um comportamento protecionista flagrante que irá perturbar e distorcer seriamente a cadeia de abastecimento da indústria automotiva global, incluindo a UE.

As tensões entre a China e a UE aumentam há alguns meses, em parte devido aos laços mais estreitos de Pequim com Moscou após a invasão da Ucrânia pela Rússia. Somado a isso, há o plano da UE de reduzir sua dependência da segunda maior economia do mundo. 

Ações de produtores chineses de veículos elétricos, como BYD e Xpeng, caíram mais de 2% após o anúncio da UE. 

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