Água na Lua: estudo traz nova teoria sobre a formação de gelo na superfície lunar

Uma pesquisa liderada pela cientista Shuai Li, da Universidade do Havaí, descrita em um artigo publicado este mês na revista Nature Astronomy, diz que o gelo da Lua pode estar relacionado com o campo magnético da Terra e com as ondas de elétrons que chegam lá indiretamente partindo do nosso planeta e do Sol.

Segundo o estudo, isso pode explicar, inclusive, a presença de água em áreas que ficam sempre na sombra, onde a luz solar nunca alcança.

Quando os ventos solares atingem a magnetosfera da Terra, eles formam uma espécie de “cauda” magnética, dentro da qual quase 99% das partículas altamente carregadas ficam aprisionadas. 

Isso acaba contribuindo para processos de intemperismo na superfície da Lua, conforme ela orbita a Terra e atravessa essa camada. Isso a protege das partículas carregadas e permite que a luz do Sol alcance sua superfície.

O satélite Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO), da NASA, é capaz de medir quanto hidrogênio está preso no solo lunar. Ao combinar anos de dados da espaçonave, os cientistas veem evidências crescentes de áreas ricas em hidrogênio perto do polo sul da Lua, sugerindo fortemente a presença de água congelada, mesmo em regiões que nunca recebem a luz do Sol. Crédito: NASA

Gelo de água na Lua é um recurso fundamental para missões espaciais

Até então, acreditava-se que íons de hidrogênio vindos do vento solar eram os principais responsáveis pela formação de água na Lua. No entanto, segundo a nova pesquisa, o processo acontece mesmo quando nosso satélite natural está protegido da influência direta dos ventos solares. 

Isso pode indicar que elétrons de alta energia estejam desempenhando um papel crucial no solo lunar, liberando hidrogênio, que se combina para formar água.

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Mais observações e experimentos in loco se fazem necessários para confirmar essa teoria, o que pode revolucionar a compreensão humana sobre a água na Lua.

A maior importância da existência de gelo de água preso nas rochas lunares é que ele pode vir a ser extraído e usado para apoiar uma presença humana permanente por lá. 

Segundo a NASA, colher esse recurso é fundamental não apenas porque ajudará a manter os futuros exploradores humanos da Lua vivos, mas, também, porque o gelo de água pode ser quebrado em seus constituintes de hidrogênio e oxigênio, principais componentes do combustível de foguetes, permitindo que as espaçonaves completem seus tanques fora da Terra.

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