Drex: proteção da moeda digital pode ter tecnologia brasileira

Uma tecnologia criada pela Parfin, fintech brasileira voltada à estrutura blockchain, pode ser utilizada para garantir a privacidade nas transações feitas com o Drex, a moeda digital brasileira. A Parchain será testada pelo Banco Central (BC). A previsão é isso comece a ocorrer em outubro deste ano.

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A camada de privacidade na rede blockchain do Drex é importante pelo fato de todos os participantes da rede poderem ver as transações realizadas. Por um lado, isso significa transparência para operações de clientes. Por outro, a visibilidade fere o conceito de proteção de dados, por exemplo.

‌Privacidade das transações

O Banco Central não tem a intenção de desenvolver a própria solução de privacidade que será usada na moeda digital.A Parfin faz parte de um dos 16 consórcios participantes do Piloto Drex, com Banco da Amazônia (Basa), TecBan, Pinbank, Dinamo, Cresol, Banco Arbi, Ntokens, Clear Sale, Foxbit, CPqD e AWS.Participar dos testes não garante nenhum acordo entre o BC e a empresa brasileira para uso futuro na moeda digital.Isso porque outras soluções tecnológicas também estão sendo testadas.É o caso da Anonymous Zether e da Starlight.

Drex deve começar a operar apenas no final de 2024 (Imagem: Sidney de Almeida/ Shutterstock)

Drex, o que é a moeda digital brasileira?

A moeda Drex é uma Central Bank Digital Currency (CBDC), com funções semelhantes ao PIX, permitindo pagamentos instantâneos, mas com recursos adicionais. Além das funcionalidades de pagamentos, a Drex permitirá a compra e venda de títulos públicos.

O Banco Central será o emissor da moeda Drex, e a custódia será supervisionada pela própria instituição. Pessoas e empresas poderão adquirir a moeda entregando reais físicos, que serão convertidos em reais digitais emitidos pelo Banco Central, e vice-versa.

A operação de troca será intermediada por participantes do sistema financeiro ou de pagamentos autorizados pelo Banco Central. Os bancos não poderão emprestar esses recursos a terceiros, como acontece com o Real físico.

A Drex permitirá transações financeiras, transferências, pagamentos de contas, boletos e impostos, além de possibilitar a conversão entre reais digitais e depósitos bancários convencionais. Os recursos não terão uma correção automática e haverá uma garantia de segurança jurídica, cibernética e de privacidade nas transações.

A moeda será desenvolvida com interoperabilidade, podendo ser utilizada em sistemas de pagamento existentes, como bancos, instituições de pagamento ou o PIX. A moeda Drex terá os mesmos fundamentos e políticas econômicas que sustentam o valor e a estabilidade do real convencional.

Ao contrário de criptomoedas como Bitcoin e Ethereum, a Drex é emitida por uma autoridade monetária e visa fornecer um ambiente seguro e regulado para inovação empresarial. Os usuários precisarão de uma carteira virtual custodiada por um agente autorizado pelo Banco Central para acessar e utilizar a moeda Drex.

Embora haja um custo associado ao uso da Drex, espera-se que seja menor do que as transações financeiras convencionais devido à automação e redução de intermediários, contribuindo para a democratização do acesso aos serviços financeiros.

A liberação oficial da moeda está programada para o final de 2024, mas ainda está em fase de testes e não tem um cronograma definitivo, segundo o coordenador da iniciativa do Real Digital pelo BC, Fabio Araújo.

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