Novo caso de plágio por IA será decido por júri nos EUA

Grandes empresas de tecnologia, como a Meta Platforms, Stability AI e OpenAI estão no centro da enxurrada de acusações de plágio por inteligência artificial. Dessa vez, é a Ross Intelligence que precisará enfrentar julgamento nos Estados Unidos. O conglomerado de mídia Thomson Reuters acusa a empresa de copiar matérias da organização para treinar sua IA.

Esse caso pode ser tornar um dos primeiros grandes julgamentos relacionados com o uso não autorizado de dados para treinar sistemas de Inteligência Artificial.

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Detalhes da acusação

A Thomson Reuters afirma que a Ross Intelligence copiou ilegalmente o conteúdo de sua plataforma de pesquisa jurídica Westlaw para treinar sua própria plataforma concorrente baseada em IA.No processo de 2020, a Thomson Reuters apontou que foram copiadas milhares de “notas de cabeçalho” da Westlaw, que resumem pontos de direito em pareceres judiciais.O porta-voz da Thomson Reuters afirmou para a Euronews que caso é um “roubo de comentários, análises e sistema organizacional” de propriedade da organização.

Argumentos da Ross

A Ross Intelligence informou que a sua plataforma foi encerrada em janeiro de 2021, citando os custos do litígio ilegítimo. Ela argumentou que fez uso justo do material do Westlaw como “meio de localização de opiniões judiciais” e que isso não fazia dela uma concorrente da Thomson Reuters.

O conglomerado, controlado pela Reuters News, rebateu o argumento, afirmando que a Ross copiou os materiais com o propósito de criar um concorrente direto do Westlaw.

O que diz o juiz?

O julgamento por júri ocorrera no estado de Delaware após decisão do juiz Stephanos Biba na segunda-feira (25). Ele declarou que a decisão sobre o uso justo e a proteção de direitos autorais da Thomson Reuters precisaria ser tomada por um júri.

Segundo ele, existem argumentos favoráveis a ambos os lados na análise. Além disso, o magistradou disse que teve dificuldade em determinar se a Ross “transformou” o material do Westlaw em uma “plataforma de pesquisa completamente nova com um propósito diferente”.

Stephanos Biba também levantou a questão pública sobre a permissão para que inteligência artificial use esse tipo de conteúdo:

Aqui nos deparamos com uma questão muito debatida. É de benefício público permitir que a IA seja treinada com material protegido por direitos autorais?

A data do julgamento ainda não foi definida.

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