Brilho rosado na escuridão revela berçário estelar rico em hidrogênio

Uma imagem divulgada na segunda-feira (2) pelo Observatório Europeu do Sul (ESO) destaca uma região cósmica rosada chamada IC1284, a cerca de 5,9 mil anos-luz da Terra, que é classificada pelos astrônomos como uma nebulosa de emissão.

Resumo:

Nebulosas são nuvens interestelares de poeira e gases;Pesquisadores usam dados do Observatório Europeu do Sul (ESO) para analisar essas regiões;O objetivo é localizar berçários de estrelas para entender a formação, desenvolvimento e morte desses corpos;Uma das imagens traz uma nebulosa de emissão rosada, acompanhada de duas nebulosas de reflexão azuis;Cada uma dessas cores indica uma característica da nebulosa em questão.

Nebulosas de emissão são nuvens brilhantes e difusas de gás ionizado que emitem sua própria luz. Esta, em particular, que aparece no centro da imagem, brilha em tons de vermelho a partir da formação de estrelas ativas e da fusão de hidrogênio na região, que fica na constelação de Sagitário.

“O seu brilho rosado vem dos elétrons dentro dos átomos de hidrogênio: eles são excitados pela radiação de estrelas jovens, mas depois perdem energia e emitem uma cor ou comprimento de onda específico de luz”, diz o comunicado do ESO.

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Segundo a nota, os astrônomos fotografaram a nebulosa IC1284 usando a OmegaCAM, câmara de campo largo do VLT Survey Telescope (VST), que fica no Observatório do Paranal, no Chile.

Na mesma imagem, aparecem duas nebulosas de reflexão, conhecidas como NGC6589 e NGC6590, posicionadas no canto inferior direito da cena. Diferentemente das nebulosas de emissão, as nuvens de poeira interestelar em nebulosas de reflexão espelham a luz de uma ou mais estrelas próximas, criando a cor azul observada.

“A poeira em uma nebulosa de reflexão espalha preferencialmente comprimentos de onda mais curtos e azuis de luz de estrelas próximas, que é o que dá a essas nebulosas seu brilho”, diz a legenda da foto no comunicado. “É a mesma razão pela qual o céu é azul!”

De acordo com o ESO, a nova imagem faz parte de uma pesquisa que visa observar nebulosas na luz visível para entender como as estrelas nascem, vivem e morrem.

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