Desaparecidos: os avanços tecnológicos que ajudam as buscas em SP

A Polícia Civil do Estado de São Paulo divulgou uma nova técnica para ajudar nas buscas por pessoas desaparecidas: simular imagens das vítimas nos dias atuais, levando em consideração características familiares e possíveis situações em que essas pessoas se encontram.

Para quem tem pressa:

A Polícia Civil de São Paulo adotou uma nova técnica para auxiliar nas buscas por pessoas desaparecidas, que envolve a simulação de imagens atualizadas das vítimas, considerando características familiares e possíveis situações em que elas possam estar;A técnica é realizada por artistas do laboratório do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, utilizando o software Adobe Photoshop para editar imagens;O processo envolve a análise de fotos do desaparecido e de parentes próximos para criar uma representação visual do envelhecimento da pessoa;Em agosto de 2023, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo lançou o Sistema de Informações e Prevenção do Desaparecimento de Pessoas, uma plataforma inédita para buscar pessoas desaparecidas no estado;O sistema centraliza as buscas em um banco de dados único, promovendo o compartilhamento de informações e incorporando técnicas específicas para identificação por meio do CPF, construindo uma base de dados abrangente sobre pessoas desaparecidas.

Além disso, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP) divulgou, em agosto de 2023, o Sistema de Informações e Prevenção do Desaparecimento de Pessoas. É um sistema inédito para buscar pessoas desaparecidas no Estado.

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Simulação visual na busca pelos desaparecidos

(Imagem: Labaf – DHPP)

O escrivão de polícia e artista forense Thiago Beleza explicou, em entrevista ao Jornal da USP, que a técnica é utilizada por artistas do laboratório do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e envolve o uso do Photoshop, programa da Adobe para editar de imagens.

Segundo o escrivão, o processo consiste em analisar o rosto da pessoa desaparecida com base em fotografias tiradas pela família, desde fotos do próprio desaparecido até imagens de parentes próximos para criar uma representação visual do envelhecimento da pessoa.

Para solicitar o uso dessa ferramenta nas buscas, a família precisa comparecer à delegacia onde registrou a ocorrência do desaparecimento e requisitar ao delegado que está comandando a investigação que oficie o pedido ao Laboratório de Arte Forense do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa.

A família também é responsável por encaminhar as fotos que contribuirão para a investigação e também fornecer um histórico desse desaparecido – por exemplo, se a pessoa era um usuária de drogas que poderia estar em situação de rua.

Isso muda drasticamente a progressão da idade, então, toda informação que se puder fornecer em relação a esse desaparecido é muito importante para o trabalho de busca.

Thiago Beleza, escrivão de polícia e artista forense

Novo sistema da SSP

(Imagem: Undrey/Shutterstock)

O Sistema de Informações e Prevenção do Desaparecimento de Pessoas da SSP centralizará as buscas em um banco de dados único que poderá ser acessado por todos, promovendo o compartilhamento e divulgação automática de informações cruciais, segundo informações divulgadas no portal do Governo do Estado de São Paulo.

O novo sistema também traz a incorporação de 17 técnicas específicas para identificar pessoas desaparecidas por meio do CPF, agregando outras informações essenciais – por exemplo: nome dos pais, endereços etc. Isso constrói uma base de dados abrangente.

Além das informações sobre pessoas desaparecidas, a plataforma disponibilizará os números e resultados dos inquéritos policiais e demais procedimentos de investigação, bem como os dados relativos aos processos criminais instaurados no âmbito do Poder Judiciário.

Uma base de dados ainda será alimentada com notícias sobre o encontro de pessoas desaparecidas, registros de óbitos e outras movimentações ou abordagens policiais relevantes para a localização.

Ainda segundo as informações, a ferramenta, que conta com dados reunidos pela Polícia Civil por meio dos registros de Boletins de Ocorrência de desaparecimentos, está sendo ampliada. No entanto, a SSP ainda não informou quando a plataforma será finalizada.

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