Você tem preferência de cerveja? Estudo mostra que seu cérebro pode te enganar

Ao tomar duas cervejas diferentes, é possível notar que uma será mais forte que a outra, por exemplo. Inclusive, algumas marcas já foram associadas a essas características. No entanto, um estudo resolveu testar a verdade por trás dessa lógica e fez uma pegadinha com os voluntários: eles tomaram duas doses da bebida de duas marcas e notaram as diferenças entre elas, só para, depois, serem informados que se tratava da mesma cerveja.

Mesmo assim, homens e mulheres participantes apresentaram respostas cognitivas impressionantes.

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iStock

Teste da cerveja

O estudo foi feito pela graduada em Matemática Aplicada a Negócios Natália Munari Pagan. Ela contou ao Jornal da USP que a resposta tem a ver com a neurociência aplicada à área de marketing. Ou seja: mesmo o cérebro não tendo notado diferença entre as supostas duas cervejas, o consumidor define sua “preferência”.

Ela aponta que o resultado da pesquisa mostra uma dissociação entre as respostas cerebrais (obtidas por meio da eletroencefalografia) e emocionais das declarações dos participantes, 40 voluntários consumidores de cerveja com mais de 18 anos.

O que quer dizer que, no nível inconsciente, o cérebro não notou diferença entre as informações das marcas, mas conscientemente as pessoas acreditavam haver diferença entre as marcas que estavam tomando. O resultado pode ser justificado pela força da marca, que atua sobre as crenças e motivações pessoais dos consumidores.

Natália Munari Pagan

Método

A pesquisa monitorou a atividade cerebral dos voluntários conforme eram apresentados com as informações usando a eletroencefalografia, um dispositivo em forma de tiara colocado diretamente no couro cabeludo. O aparelho capta diferentes ondas cerebrais, associadas, por exemplo, a relaxamento, tensão, alerta e sono.

Esse método ajuda a entender como o cérebro humano responde a certo tipo de marketing e norteia pesquisas na área.

Porém, Pagan reconhece que há limitações em usar apenas esse aparelho e, para pesquisas mais aprofundadas, deve-se usar mais formas de avaliação, como movimentos dos olhos, suor da pele e nível de excitação dos consumidores.

Eletroencefalografia (Imagem: Manual do Emotiv Epoc (2020)

Preferência de cerveja?

Quando apresentados tanto à cerveja mais forte quanto à mais fraca, os homens tiveram um aumento de processamento cognitivo maior do que as mulheres. Isso pode indicar que a marca de cerveja é um elemento importante para eles.Já as mulheres tiveram um aumento de processamento cognitivo apenas para a marca fraca, o que pode significar que elas prestaram mais atenção a uma informação nova de um produto que elas não conheciam.Em relação aos níveis emocionais, nem homens, nem mulheres tiveram uma resposta significativa ao serem apresentados aos nomes das marcas. No entanto, comparando as preferências, os homens mostram preferir a cerveja mais forte.Quando perguntados se já conheciam as marcas de cerveja apresentadas, nem homens, nem mulheres tiveram aumento no processamento cognitivo tanto para as que conheciam quanto para as que não conheciam.

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