Adesivo de pele pode substituir injeções e medicações orais

Cientistas da Universidade de Bath, na Inglaterra, criaram um adesivo de pele capaz de fornecer uma dosagem controlada de medicamento diretamente no corpo. Assim, não são mais necessárias injeções ou a administração de medicação por via oral. A tecnologia foi descrita na revista Biomaterials Advances.

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Adesivos são mais baratos

Os adesivos de microagulha são feitos de um hidrogel com o ingrediente ativo encapsulado dentro da própria estrutura da microagulha, e não em um reservatório separado.Eles podem ser fabricados a partir de moldes impressos em 3D, o que faz com que sejam mais acessíveis do que outras tecnologias disponíveis comercialmente.A expectativa é que esses adesivo para a pele cheguem ao mercado nos próximos cinco a 10 anos.As informações são da Medical Xpress.

Veja como são produzidos os adesivos de pele:

Crédito: YouTube/Universidade de Bath

Benefícios da tecnologia

Um dos diferencias da nova tecnologia é que as microagulhas são pouco visíveis e perfuram sem dor as primeiras camadas da pele. O contato com o fluido sob a barreira cutânea faz com que as agulhas “hidrofílicas” inchem, permitindo que uma dosagem específica da droga seja administrada no corpo.

Em experimentos realizados em Bath, após o inchaço, os adesivos entregaram doses de antibióticos que provocaram uma forte resposta contra duas bactérias conhecidas por causar infecções graves – Escherichia coli (E. coli) e Staphylococcus aureus.

O adesivo também funciona ao contrário, extraindo pequenas quantidades de líquido sob a pele para análise médica. Isso pode ser útil, por exemplo, para monitorar os níveis de lactato (um componente do ácido lático) e outros produtos químicos em pacientes com uma infecção.

As injeções são invasivas e caras, e não servem para todos. Muitas pessoas são fóbicas com agulhas e são compreensivelmente relutantes em receber medicamentos por injeção, mesmo quando o tratamento é realmente necessário. Outros são inadequados para injeções – por exemplo, pacientes idosos com pele fina.

Dra. Hannah Leese, engenheira química da Universidade de Bath

Os pesquisadores ainda ressaltam que, às vezes, o uso de agulhas pode introduzir patógenos, como bactérias, que podem causar infecções, especialmente em pessoas com baixa imunidade. Com a nova tecnologia esse risco é descartado.

Os adesivos são capazes de fornecer medicamentos que circulam por todo o corpo quanto medicamentos que precisam permanecer mais localizados – por exemplo, quando há uma infecção em uma seção discreta da pele. Também há espaço para que os adesivos forneçam vacinas e monitorem os níveis hormonais.

Agora, a tecnologia será testada em animais antes de passar para testes clínicos em humanos.

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