Supernévoa: entenda o fenômeno que causou engavetamento com 158 veículos nos EUA

Pelo menos sete pessoas morreram e 25 ficaram feridas num engavetamento que envolveu 158 veículos no estado da Luisiana, no sul dos EUA, na segunda-feira (23). A causa do acidente foi uma “supernévoa”, que se formou da mistura entre neblina e fumaça de um incêndio em vegetação, segundo a polícia.

Para quem tem pressa:

Um engavetamento envolvendo 158 veículos ocorreu na Luisiana, sul dos EUA, resultando em pelo menos sete mortes e 25 feridos. A causa do acidente foi uma “supernévoa”;A “supernévoa” se formou devido à combinação de neblina e fumaça de incêndio florestal, um fenômeno que pode ocorrer devido às condições climáticas e ao aumento da incidência de incêndios em certas épocas do ano nos EUA;A névoa é uma forma de condensação da umidade do ar, que geralmente não afeta significativamente a visibilidade na superfície, mas pode se tornar perigosa quando misturada com fumaça de incêndio.As mudanças climáticas e as condições sazonais, como a seca, aumentam a probabilidade de incêndios florestais, contribuindo para a formação de “supernévoa” em algumas regiões.

O engavetamento ocorreu numa ponte que liga uma rodovia na região de Nova Orleans. Após as batidas, vários veículos pegaram fogo. O acidente causou congestionamento na região – e a tal “supernévoa” se dissipou ao longo do dia.

‘Supernévoa’

(Imagem: Reprodução/redes sociais)

Para entender a “supernévoa”, é preciso explorar as definições de névoa e a incidência de incêndios florestais em determinadas épocas do ano nos EUA.

A névoa – também chamada de névoa úmida – é uma forma de condensação da umidade do ar. É como se fosse uma nuvem baixa, mas que não provoca chuva e, em geral, não causa redução significativa da visibilidade na superfície. A visibilidade horizontal (o que enxergamos a olho nu) fica entre um e cinco quilômetros.

Em estradas, por exemplo, a névoa geralmente não prejudica a visibilidade por se formar numa altitude mais elevada do que o nevoeiro. Mas se a névoa estiver muito forte, próxima de se transformar em nevoeiro, pode prejudicar a navegação tanto no ar quanto em ruas e rodovias.

(Imagem: Anna.zabella/Shutterstock)

O perigo aumenta quando existe a chance desta camada de umidade do ar condensada se misturar com fumaça de vegetação em chamas. Isso tem mais chance de ocorrer, em partes, por conta das estações do ano.

Na Califórnia, por exemplo, as temperaturas sobem e a incidência de chuvas cai durante o verão estadunidense, entre junho e agosto. Com isso, a vegetação seca aos poucos, tornando-se combustível para incêndios.

As mudanças climáticas também influenciam nisso. Por conta delas, a vegetação resseca ainda mais, o que aumenta a probabilidade de incêndios. É como se o estado tivesse a combinação perfeita para o surgimento de grandes incêndios.

A “supernévoa” e o engavetamento em questão ocorreram na Luisiana, estado que fica a pouco mais de três mil quilômetros da Califórnia, durante o outono estadunidense (entre setembro e novembro). Mas, apesar das diferenças, regras semelhantes se aplicam ao cenário.

O post Supernévoa: entenda o fenômeno que causou engavetamento com 158 veículos nos EUA apareceu primeiro em Olhar Digital.

 

Você pode gostar...

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *