Nissan Frontier 2024: poucas mudanças, mas muita competência no off-road

O Olhar Digital foi convidado para ir a Campos do Jordão, na região da Serra da Mantiqueira, em São Paulo, a bordo da Nissan Frontier. A picape média é importada da Argentina e agora tem 6 anos de garantia, sendo a maior do segmento. Antes, a marca japonesa oferecia de apenas 3 anos. Essa ofensiva da Nissan tem nome e sobrenome: Toyota Hilux, líder de vendas, que oferece 5 anos de garantia — a maior do mercado até então. 

Dentro de toda a gama disponível, a versão Attack foi a escolhida. Minha dupla, o jornalista Leandro Alvares, me deu a direção até o ponto de troca de motoristas, já no interior do estado. E já adianto! No final do texto, você encontra a reportagem em vídeo completa.

Leia mais:

Os carros elétricos mais vendidos do Brasil em agosto de 2023Quais são os carros SUVs mais econômicos em 2023?Qual era o preço do carro mais barato há dez anos?

Foto: Murilo Góes/Divulgação Nissan

O teste com a Nissan Frontier foi realizado em Campos do Jordão (SP). (Foto: Murilo Góes/Divulgação Nissan)

Foto: Murilo Góes/Divulgação Nissan

Começando por dentro

Particularmente, eu, Carlos Mattos, gosto da Frontier. Uma picape que tem comportamento de carro de passeio e, como já falei em outras avaliações, o interior passa a mesma impressão, de conforto e bom acabamento. 

Acabamento que, sim, é de plástico rígido. Contudo, tem boa textura e é agravável ao toque, passando sensação de capricho por parte da marca. Na versão Attack, os bancos são de tecido e têm a tecnologia Zero Gravity que, acreditem, não deixa o motorista cansado, coisa que pude comprovar no trajeto a Campos.

Aliás, já que estou falando do interior da picape, devo dizer que a Frontier traz um bom pacote, mas a conectividade já poderia ser melhor na linha 2024. O cluster tem os mostradores analógicos e uma tela de TFT, que possibilita diversas informações sobre a picape. A multimídia, apesar de competente e ter conexão a Android Auto e Apple CarPlay, fica devendo a conexão sem a necessidade de cabo e, claro, o carregamento por indução.

Isso não é algo que incomoda, mas a deixa atrás de suas concorrentes. E os faróis full led já poderiam estar também na versão Attack, que tem o visual mais agressivo. Os faróis halógenos dão conta, mas fica aquela impressão que merecia mais.

Veja detalhes do interior da Nissan Frontier que dirigimos no vídeo ao final do texto!

Na estrada e na lama!

Ao volante da Frontier, a posição de guiar é muito boa, com ergonomia correta e os bancos deixam tanto motorista quanto passageiros confortáveis. O isolamento acústico também é algo que merece destaque. Em velocidade de cruzeiro na estrada, mal se ouve o ruído do motor a diesel. Na cidade, o som do motor só invade a cabine se o motorista acelerar fundo. 

Debaixo do capô, a Frontier abriga o 2.3 Bi-Turbodiesel, capaz de entregar 190 cavalos de potência e 45,9 kgfm de torque já a 1750 rpm, o que traz agilidade para a picape com retomadas espertas. O câmbio tem 6 marchas e mudanças manuais pela alavanca. Esse conjunto conversa bem, tem bom acerto e o sistema bi-turbo dá conta do recado, permitindo que o motor encha rápido sem que o motorista crave o pé no acelerador. Essas características contribuem para o consumo — na ida, em rodovia asfaltada, ficou na casa dos 10 km/l.

Ainda na rodovia, pudemos sentir o quanto a Frontier também vai bem nas curvas, já que tem suspensão multilink e, por isso, o comportamento da picape lembra o de um carro de passeio. 

No dia seguinte, levamos a Frontier para a terra. E aí é que realmente pudemos ver o que ela tem para entregar. A trilha tinha nível de dificuldade relativamente baixo, com poucas erosões e facões. Maaaaas, como choveu absurdos durante a madrugada, a divers… digo, a dificuldade, aumentou. 

Ao entrar na trilha, a tração 4×4 já foi acionada, mas não chegamos a ter que acionar a reduzida. Colocamos no modo off-road, que melhora a relação do câmbio com o motor neste tipo de situação. Em tempo, a Frontier conta com 4 modos de condução: Eco, Normal, Sport e Off-Road. 

Não faltou lama durante o teste com a Nissan Frontier em Campos do Jordão (SP).
(Foto: Murilo Góes/Divulgação Nissan)

E lá fomos para a divers… digo, para o teste da Frontier na estrada de chão, molhada, enlameada, com muitos buracos. Ou seja, um prato cheio para se diver… testar o carro. 

Fiquei impressionado como a picape pula pouco, mesmo nessas condições adversas. Mérito da suspensão multilink na traseira, que segura bem o veículo, mesmo vazio. 

Embora a velocidade seja baixa, em uma das curvas, com muita lama, abri um sorriso de orelha a orelha no momento que tive que controlar a picape e trazer de volta para a trilha. Bastou uma boa acelerada e contraesterço para a Frontier se ajeitar na pista e seguir seu caminho, que nos trouxe um facão e uma boa erosão, com um tronco de árvore de bônus. Ponto para a Frontier, que mostrou sua robustez. 

E posso falar, sem ser tendencioso? A Frontier é uma das melhores picapes do mercado. E digo uma das, porque a Ford Ranger também agrada muito. Só que a Nissan tem duas coisas que a Ford não tem. Os 6 anos de garantia e uma grande rede de concessionárias, que não irão te deixar na mão, caso seja necessário. 

Preços e versões

Frontier S 2.3 diesel MT 4×4: R$ 242.490Frontier SE 2.3 diesel AT 4×4: R$ 264.490Frontier Attack 2.3 diesel AT 4×4: R$ 266.490Frontier XE 2.3 diesel AT 4×4: R$ 282.990Frontier Platinum 2.3 diesel AT 4×4: R$ 319.990Frontier PRO-4X 2.3 diesel AT 4×4: R$ 319.990

Indo para a lama com a Nissan Frontier

Veja o que aprontamos com a Nissan Frontier! Eu, Carlos Mattos (@carlosmattos), e minha dupla nos testes, Leandro Alvares (@decaronacomleandro).

O post Nissan Frontier 2024: poucas mudanças, mas muita competência no off-road apareceu primeiro em Olhar Digital.

 

Você pode gostar...

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *