O que as grandes empresas de IA argumentam contra pagamento de direitos autorais

As tecnologias de Inteligência Artificial (IA) generativa têm sido alvo de muitas críticas por parte de escritores, artistas, desenvolvedores e outros profissionais em relação a direitos autorais. Tanto que a autoridade norte-americana dessa área está avaliando novas regras para as empresas sobre o uso de conteúdo protegido.

Nos últimos meses, não faltaram processos movidos por autores e demais trabalhadores contra o uso indevido de seus trabalhos para treinamento de ferramentas inteligentes. Em contrapartida, grandes empresas como Meta, Google e Microsoft têm apresentado argumentos contrários ao pagamento por direitos autorais para treinar os modelos de IA.

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Alguns desses argumentos foram coletados pelo site The Verge. Destacam-se os que apontam para a dificuldade de realizar uma análise individual do que já há de material nas tecnologias e o risco de gerar obstáculos para a inovação na IA.

Muito trabalho para pouco retorno

Para a Meta, analisar agora quais conteúdos pertencem a quais criadores para então poder pagar corretamente os direitos autorais seria algo impraticável. Inclusive, os valores seriam muito pequenos para a medida realmente beneficiar os autores.

O Google, por sua vez, entende que o treinamento das tecnologias de IA generativa são como “ler um livro”. Ou seja, assim como em qualquer outro trabalho, o “conhecimento” obtido por meio da leitura não seria violação de direitos autorais pelas ferramentas.

Obstáculo para a inovação da IA

Já a Microsoft apresenta um tom mais “pensando no pequeno desenvolvedor”. A empresa afirma que a obrigatoriedade de remunerar autores seria um grande entrave para startups, por exemplo. E isso acabaria gerando obstáculos significativos para a inovação em IA.

Para a Anthropic, desenvolvedora do chatbot Claude, o processo de treinamento de IA é apenas como etapa intermediária na criação de uma tecnologia, abrangendo apenas conteúdos insignificantes de uma obra protegida. Enquanto isso, a Adobe compara esse treinamento com a prática de engenharia reversa, técnica que permitiu grandes inovações na área de games, por exemplo.

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