Falência da WeWork nos EUA afetará o Brasil?

A WeWork entrou com um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos na segunda-feira (07), depois de alguns meses expressando dúvidas sobre a continuidade das operações. Contudo, os escritórios do Brasil e da América Latina não serão afetados.

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Falência da WeWork no Brasil?

A WeWork já havia expressado em agosto dúvidas sobre sua capacidade de continuar operando e, nesta semana, oficializou o pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, entregando os documentos necessários a uma corte de Nova Jersey.

Segundo a BBC, os documentos mostram que a empresa de coworking tem obrigações financeiras que vão de US$ 10 bilhões a US$ 50 bilhões (R$ 48,8 bilhões e R$ 244,2 bilhões, em conversão direta). A oficialização da falência garante que a WeWork recebe proteção legal de seus credores e outras ferramentas para negociar com proprietários, enquanto tenta sanar as dívidas.

No Brasil, os escritórios da empresa não serão afetados. Em contato com uma reportagem do UOL, a sede brasileira confirmou que “a ação (falência nos EUA) não tem impacto nos nossos membros, seus vínculos, serviços ou acesso aos nossos prédios na América Latina”. Ainda, a companhia revelou que, na região, teve um crescimento de mais de 31% em receita em relação ao ano passado.

O Olhar Digital também entrou em contato com os representantes da WeWork no Brasil e aguarda um retorno.

Crédito: Linda Parton/Shutterstock

O que aconteceu

Fundada em 2010, a WeWork já chegou a valer US$ 47 bilhões (cerca de R$ 231 bilhões) em seu auge, mas viu suas ações caírem em até 98,5% neste ano. Nesse contexto, a empresa já havia expressado preocupação com a continuidade de suas operações nos Estados Unidos.Conhecida por ser rentável e vista como o futuro dos escritórios, a companhia manteve custos elevados. Além disso, viu uma queda na demanda pelos escritórios após um esforço desastroso para levantar dinheiro a partir de um IPO, um processo de “oferta pública inicial” para ter capital aberto na Bolsa de Valores, de 2019.A medida mal-sucedida afetou a reputação da WeWork, causou a expulsão de seu fundador, Adam Neumann, e uma queda no valor das ações.A situação se agravou com a pandemia de Covid-19 em 2020, que forçou as pessoas a trabalharem de casa. Na primeira metade de 2023, a empresa perdeu mais de US$ 1 bilhão (R$ 4,8 bilhões), sobrecarregada pelas despesas de operação de seus escritórios e outros custos.A WeWork chegou a tentar medidas de recuperação, como vender partes, renegociar termos e até parar de pagar empréstimos, mas não deu certo.

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