Diamante azul é leiloado por mais de R$214 milhões

Na terça-feira (7), uma joia contendo um raro diamante azul foi leiloada em Genebra, na Suíça, pela Casa de Leilões Christie’s. A peça foi um dos diamantes mais caros já vendidos, atingindo um valor de quase US$44 milhões (o que equivale, na cotação atual, a cerca de R$214 milhões).

Sobre o raro diamante azul:

O “Bleu Royal”, como a pedra é chamada, tem 17,61 quilates;A gema apresenta um formato de pera e está incrustada em um anel que se encontra em uma coleção particular há décadas;Ela é a maior joia azul vívida já colocada à venda na história dos leilões;

Já era esperado que a joia fosse arrematada por algum valor entre US$35 milhões e US$50 milhões. Depois de uma rodada de lances de cerca de sete minutos entre três interessados, o anel com diamante azul acabou vendido por US$43,8 milhões, incluindo taxas e impostos, para um colecionador anônimo.

Em resposta à Agence France-Presse (AFP), Max Fawcett, chefe de joias da Christie’s em Genebra, revelou estar extremamente satisfeito com o resultado do leilão e o valor alcançado, que representa cerca de US$2,5 milhões por quilate.

É a joia mais cara vendida em todo 2023, a nível internacional, em qualquer casa de leilões. Estamos muito, muito contentes. É um dos 10 lotes mais caros já vendidos em termos de joias.

Max Fawcett

Muitos diamantes coloridos precisam atualmente de uma lapidação especial para terem sua cor realçada. No entanto, o Bleu Royal possuía um material original tão rico que foi possível lapidá-lo em um estilo brilhante clássico.

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Diamantes azuis

Diamantes azuis vividos com mais de 10 quilates são extremamente raros. Desde 1766, quando a Casa de Leilões Christie’s surgiu, apenas três dessas pedras apareceram à venda, todas nos últimos 13 anos.

Um diamante comum geralmente se forma a cerca de 150 quilômetros de profundidade, sob condições de muito calor e pressão, chegando até a superfície a partir de raras erupções de magma.

No entanto, em um estudo de 2018, publicado na revista Nature, foi descoberto que o diamante azul se forma em locais muito mais abaixo, no manto inferior da Terra, cerca de quatro vezes mais profundo que as gemas comuns. Sua coloração azulada é devido à presença de boro em meio a uma rede de carbono.

Mas, se o boro geralmente se concentra na crosta terrestre, como ele teria chegado tão fundo na Terra para participar da formação do diamante azul? A hipótese mais aceita é de que o elemento veio do leito marinho e chegou até o manto inferior quando uma placa tectônica deslizou para baixo de outra, durante uma subducção.

Dessa forma, o diamante azul leiloado pela Christie’s não é apenas raro e bonito, como tem uma origem extremamente impressionante.

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