Voos espaciais aumentam o risco de disfunção erétil nos astronautas

Um estudo financiado pela NASA, publicado nesta quarta-feira (22) no periódico científico The FASEB Journal, diz que além dos problemas já conhecidos (como a perda óssea, o enfraquecimento dos músculos, a “síndrome neuro-ocular associada a voos espaciais” (SANS) e a interferência na qualidade do sono), as missões de longa duração ao espaço oferecem uma ameaça específica para os astronautas homens: o aumento do risco de disfunção erétil.

Vamos entender:

Efeitos da radiação cósmica e microgravidade na fisiologia humana têm sido estudados desde o início da exploração espacial;Apesar dos esforços para proteger a saúde dos astronautas na Estação Espacial Internacional (ISS), os impactos na função erétil nunca haviam sido estudados especificamente;Uma equipe de cientistas financiados pela NASA se dedicou a investigar esse viés, descobrindo como evitar ou tratar essa consequência.

A radiação cósmica e a microgravidade foram identificadas como possíveis causas desse problema, com efeitos duradouros que podem persistir por décadas. Experimentos em ratos submetidos a condições simuladas de radiação espacial indicaram aumento do estresse oxidativo nos tecidos eréteis.

O astronauta da NASA Chris Ferguson tem seus olhos fotografados com ultrassom enquanto faz um exame oftalmológico. A saúde dos astronautas é sempre monitorada, mas nenhum estudo anterior se dedicou exclusivamente à parte sexual. Crédito: NASA

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Monitoramento da saúde sexual dos astronautas

Em razão disso, os pesquisadores enfatizam a necessidade de monitorar de perto a saúde sexual dos astronautas após futuras missões espaciais profundas. Eles sugerem que antioxidantes específicos podem neutralizar esses efeitos prejudiciais nos tecidos eréteis, abrindo possibilidades para tratamento.

Justin La Favor, especialista em disfunção neurovascular da Universidade Estadual da Flórida, EUA, e principal autor do estudo, destacou a possibilidade de tratar a disfunção erétil por meio do direcionamento de vias biológicas afetadas pela radiação cósmica.  “Embora os impactos negativos da radiação cósmica galáctica tenham sido duradouros, as melhorias funcionais induzidas pelo direcionamento agudo das vias redox e óxido nítrico nos tecidos sugerem que a disfunção erétil pode ser tratável”.

Esse alerta surgiu em um momento de crescente interesse em missões espaciais profundas, como o Programa Artemis, da NASA, que visa enviar astronautas à Lua, em breve, e a Marte, mais para frente.

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