Instagram: algoritmo do Reels é acusado de expôr conteúdo inapropriado

O serviço de vídeos curtos do Instagram, Reels, projetado para apresentar aos usuários streams de vídeos sobre temas de interesse, como esportes, cinema ou humor, foi recentemente submetido a testes pelo The Wall Street Journal. Os resultados revelaram que o algoritmo do Reels pode direcionar conteúdo sexualizado e inadequado para usuários que demonstram interesse em jovens.

Os testes conduzidos pelo jornal americano envolveram a criação de contas de teste que seguiram exclusivamente jovens influenciadores, e o Reels respondeu expondo essas contas a conteúdos explícitos, incluindo vídeos de crianças e adultos em situações sexuais, além de anúncios de grandes marcas dos Estados Unidos.

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A investigação também revelou que a presença significativa de adultos do sexo masculino entre os seguidores dessas contas de jovens levantou preocupações adicionais. Mesmo quando as contas de teste começaram a seguir usuários que demonstraram interesse em conteúdo sexual relacionado a crianças e adultos, o algoritmo continuou a recomendar conteúdo perturbador.

Em um dos casos relatados, um anúncio do aplicativo de namoro Bumble apareceu entre um vídeo de alguém acariciando o rosto de uma boneca de látex em tamanho real e uma gravação de uma menina jovem levantando a camiseta para expor o abdômen. Grandes empresas como Disney, Walmart e outras também tiveram anúncios veiculados ao lado de conteúdo inadequado.

Resposta da Meta e de anunciantes

A Meta Platforms, proprietária do Instagram, afirmou ao The Wall Street Journal que os testes criaram uma experiência artificial que não representa o que bilhões de usuários veem.A empresa se recusou a comentar por que os algoritmos compilaram streams de vídeos separados mostrando crianças, sexo e anúncios.No entanto, um porta-voz destacou que, em outubro, foram introduzidas novas ferramentas de segurança de marca que proporcionam aos anunciantes maior controle sobre onde seus anúncios aparecem.Empresas cujos anúncios apareceram ao lado de conteúdo inadequado nos testes do Journal, incluindo Disney e Walmart, exigiram explicações da Meta e, em alguns casos, cancelaram a publicidade.A Match Group, por exemplo, interrompeu completamente a publicidade no Reels e em outras plataformas da Meta.O WSJ disse ter informado a Meta sobre os resultados dos testes em agosto, e desde então, novos testes mostram que a plataforma continuou a recomendar vídeos inapropriados.Até meados de novembro, o Instagram ainda estava recomendando o que foi descrito pela organização Canadian Centre for Child Protection como “adultos e crianças fazendo poses sexuais”.

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