Amazon é multada em R$ 34 mil após morte de funcionário

Em maio deste ano, Caes Gruesbeck, trabalhador de armazém do centro de distribuição da Amazon em Indiana, morreu em decorrência de ferimentos graves após ficar preso entre máquinas.

O incidente foi alvo de uma investigação de 11 semanas, em que as autoridades de segurança de Indiana concluíram que a Amazon não conseguiu garantir um local de trabalho seguro, resultando numa multa de US$ 7 mil (cerca de R$ 34 mil), como reportou o Washington Post.

Segundo a Administração de Segurança e Saúde Ocupacional dos Estados Unidos, a Amazon falhou em garantir um local de trabalho “livre de perigos reconhecidos que causavam ou poderiam causar a morte”.

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O órgão de segurança de Indiana considera que a Amazon deveria ter funcionários devidamente treinados, aplicar regras de segurança envolvendo elevadores e zonas de perigo demarcadas com clareza.

O que diz a Amazon?

A Amazon contesta as citações, alegando que agiu rapidamente para corrigir problemas de segurança ao, por exemplo, pendurar cartazes em “áreas com pouco espaço livre”. Ao Washington Post, Maureen Lynch Vogel, porta-voz da Amazon, se pronunciou sobre o caso:

Nossos pensamentos continuam com a família e a equipe de nossos funcionários no local.

Após a tragédia, fechamos imediatamente as instalações, notificamos a OSHA de Indiana e começamos a cooperar com a investigação.

Maureen Lynch Vogel, porta-voz da Amazon.

A porta-voz disse que o treinamento de Gruesbeck estava em dia e que ele usava o equipamento de segurança exigido no momento do acidente.

Acidentes de trabalho têm sido recorrentes

Uma reportagem do ano passado do Washington Post revelou que a Amazon é a empresa que mais registrou incidente envolvendo ferimentos graves por quatro anos consecutivos. Em 2020, por exemplo, a cada 100 funcionários de armazéns que trabalhavam em tempo integral durante um ano, ocorreram 5,9 incidentes graves.

Apenas de 2022 até o momento, a OSHA apresentou ao menos meia dúzia de violações de segurança contra a empresa, resultando em multas de mais de US$270 mil — uma resposta às altas taxas de lesões ergonômicas e riscos de distúrbios musculoesqueléticos entre funcionários da empresa.

A respeito do histórico de segurança da Amazon citado na reportagem, a porta-voz da Amazon disse que são alegações “imprecisas e não refletem a segurança e realidade de segurança” da empresa.

“A verdade é que estamos sempre investindo em segurança e nossos esforços estão dando certo”, disse.

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