IA: decreto de Biden não aborda impacto climático, apontam grupos
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A abordagem do governo de Joe Biden, presidente dos EUA, em relação à regulamentação da inteligência artificial (IA) não explora o impacto desta tecnologia no clima nem seu uso em potencial para disseminar desinformação. Pelo menos, é o que argumentam diversos grupos focados em mudanças climáticas e combate à desinformação.
Para quem tem pressa:
Grupos argumentam que a regulamentação da inteligência artificial proposta pelo governo de Joe Biden, presidente dos EUA, não aborda adequadamente o impacto da IA no clima e seu uso em potencial para desinformação;Uma carta, assinada por 17 grupos, foi enviada à Casa Branca; o documento critica a falta de reconhecimento do impacto dos grandes modelos de linguagem (LLMs) na propagação de desinformação climática e no alto consumo energético necessário para seu treinamento.Os grupos pedem que o governo exija das empresas relatórios sobre o uso de energia e emissões de carbono dos modelos de IA, além de estudos sobre o impacto da IA na propagação de desinformação relacionada ao clima e medidas para prevenir a desinformação em massa.
Uma carta foi enviada à Casa Branca, instando a administração Biden – com o nome do conselheiro nacional de clima, Ali Zaidi, incluso – a incorporar mais políticas focadas no clima no decreto sobre IA, assinado no final de outubro.
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Críticas do decreto assinado por Biden
(Imagem: NicoElNino/Shutterstock)
A carta, assinada por 17 grupos – entre eles: Accountable Tech, Amazon Employees for Climate Justice e Greenpeace USA – critica a administração por não reconhecer o impacto dos grandes modelos de linguagem (LLMs) na propagação de desinformação sobre as mudanças climáticas e no alto consumo energético necessário para seu treinamento.
Os signatários destacam que os LLMs facilitam a disseminação mais rápida e oculta de desinformação voltada ao clima, potencializando o negacionismo climático e retardando esforços de combate às mudanças climáticas. Além disso, eles apontam o aumento das emissões de carbono devido às demandas energéticas destes modelos.
Embora a ordem executiva assinada por Biden mencione o clima, direcionando agências governamentais a explorar o uso da IA na luta contra as mudanças climáticas, os grupos argumentam que isso não é suficiente.
Imagem: Alf Ribeiro/ Shutterstock)
Eles solicitam que o governo exija que as empresas relatem o uso de energia e emissões de carbono durante todo o ciclo de vida dos modelos de IA e forneçam explicações públicas sobre a produção de informações e precisão das medições climáticas.
Além disso, a carta pede que o governo estude o impacto da IA na propagação de desinformação relacionada ao clima e implemente medidas para prevenir a produção em massa desse tipo de desinformação.
O decreto assinado pelo presidente dos EUA no final de outubro já instrui vários secretários e o diretor de inteligência nacional a desenvolver padrões de relatório técnico para grandes desenvolvedores de IA.
Estudos recentes destacaram a credibilidade da desinformação gerada por IA e o alto consumo energético de modelos de IA de uso geral, reforçando a necessidade de uma regulamentação mais rigorosa nessa área.
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