Além de mais quente, Oceano Atlântico está mais ácido, revela pesquisa

Os oceanos estão mais quentes, resultado das mudanças climáticas e de fenômenos como o El Niño (que atua especificamente a porção equatorial do oceano Pacífico). Mas um novo estudo realizado a partir do monitoramento do Atlântico revela que as águas estão também mais ácidas.

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Monitoramento do Atlântico acontece desde 1988 e indica mudanças importantes

O aquecimento dos oceanos afeta a circulação oceânica, o que diminui os níveis de oxigênio.Isso, por sua vez, contribui para mudanças no fornecimento de nutrientes e a acidificação dos oceanos.Os resultados são conclusões de análises feitas com amostras coletadas mensalmente desde 1988 a cerca de 80 quilômetros a sudeste das ilhas Bermudas.O estudo foi publicado na revista Frontiers in Marine Science.As informações são da Phys.org.

Oceano Atlântico (Imagem: Johan Holmdahl/Shutterstock)

Maior acidez das águas

Na estação de monitoramento, as temperaturas da superfície do oceano aumentaram cerca de 0,24°C a cada década desde 1980. Segundo os pesquisadores, as águas da região estão cerca de 1°C mais quentes agora do que há 40 anos. E nos últimos quatro anos, as temperaturas dos oceanos também aumentaram mais do que nas décadas anteriores.

Além de mais quentes, as amostras indicam que a água está mais salina na superfície, o que significa que mais sal é dissolvido. Assim como as temperaturas da superfície, essa salinidade aumentou desproporcionalmente nos últimos anos.

Suspeitamos que isso seja parte das tendências e mudanças mais amplas e recentes nas temperaturas dos oceanos e mudanças ambientais, como o aquecimento atmosférico e ter tido os anos mais quentes globalmente.

Nicholas Bates, pesquisador oceânico do Instituto de Ciências Oceânicas das Bermudas

Ao mesmo tempo, os dados indicaram que, nos últimos 40 anos, a quantidade de oxigênio disponível para organismos aquáticos vivos diminuiu 6%. Os valores de acidez também mudaram: o oceano está agora 30% mais ácido do que era na década de 1980, resultando em concentrações mais baixas de íons de carbono. Isso pode significar impactos para a vida marinha.

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