Inteligência artificial generativa faz um chamado às lideranças

Por Marcio Aguiar, diretor da divisão Enterprise da NVIDIA para América Latina. 

Em 2023, os números falam por si. A inteligência artificial (IA) avançou em diversos setores, impulsionando um forte investimento global. Segundo a IDC, espera-se que os gastos com IA alcancem a marca de US$ 500 bilhões este ano, indicando um crescimento de quase 16% em relação ao ano anterior, quando totalizaram US$ 432,8 bilhões.   

Agora, quase chegando em 2024, temos que olhar ainda mais de perto para essa tendência, principalmente focando na IA generativa. Costumo dizer que o cenário empresarial nunca permaneceu estático, constantemente se renovou, se ajustou e se transformou para assimilar inovações e aprimorar processos. Porém, atualmente, estamos testemunhando uma revolução que promete ser o marco de uma nova era, tendo a inteligência artificial generativa no epicentro das decisões no mercado. 

Seu potencial é vasto e impactante. Desde a geração de conteúdo personalizado até a otimização de processos criativos e a solução de problemas complexos, essa tecnologia se transformou na aliada mais valiosa para instituições visionárias. No entanto, essa revolução não se limita apenas ao método em si e trata-se também de como os líderes empresariais podem se ajustar e incorporar essa inovação de forma estratégica para assegurar o sucesso contínuo e duradouro de suas empresas. 

Primeiramente, devemos entender como ela funciona. Nós, líderes de corporações de TIC ou não, temos que estar familiarizados não apenas com seu potencial, mas também com suas limitações e ética. Dominar os princípios éticos referentes a essa evolução é fundamental para garantir sua utilização responsável e prevenir possíveis complicações legais e impactos reputacionais.  

Em seguida, temos que focar na adaptação cultural e estrutural dentro das organizações. A incorporação da IA generativa não é apenas uma mudança tecnológica, mas uma transformação que requer uma nova mentalidade. Isso inclui investir na capacitação de funcionários para colaborarem efetivamente com sistemas de IA, promover uma cultura de experimentação e aprendizado contínuo e redesenhar processos para incorporar a agilidade necessária para aproveitar ao máximo essa tendência. 

Além disso, a colaboração entre humanos e máquinas deve ser priorizada. A IA não substitui a criatividade humana, mas a potencializa. É na interseção entre a criatividade humana e a capacidade computacional da IA que surgem as soluções mais inovadoras. Portanto, é crucial estabelecer equipes multidisciplinares que combinem o conhecimento humano com a potência analítica das máquinas. 

Falando da relação entre humanos e máquinas, recentemente, participei de um evento com Nicholas Bennett, da WHG, onde ambos enfatizamos a importância de dados bem estruturados para alcançar resultados superiores e destacar-se da concorrência. Em outras palavras, as empresas que possuem informações de qualidade têm uma vantagem inicial significativa. Ter uma IA de alto nível não é suficiente se os dados inseridos não forem confiáveis. Assim, é primordial investir em profissionais que compreendam as necessidades humanas para capacitar as máquinas a entenderem essas demandas. 

À medida que avançamos em direção a um futuro cada vez mais impulsionado pela IA generativa, temos a chance de se reinventar e ultrapassar barreiras que antes pareciam intransponíveis. No entanto, essa trajetória não está isenta de desafios. As lideranças que reconhecem a importância da adaptação estratégica e cultural, fomentam a colaboração entre humanos e máquinas, e mantêm investimentos contínuos em inovação estão preparando seus negócios para liderar essa revolução. 

Para concluir, reitero uma ideia presente ao longo deste texto: aqueles que adotam essa transformação, que se adaptam e absorvem conhecimento com rapidez, não só estão influenciando o futuro de suas organizações, mas também delineando um novo paradigma no mundo dos negócios. A IA deve ser uma regra, não uma exceção. 

O post Inteligência artificial generativa faz um chamado às lideranças apareceu primeiro em Olhar Digital.

 

Você pode gostar...

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *