Qual é a origem do dinheiro e como chegamos até as Bitcoins?

Existe um ditado que diz “dinheiro não é problema, é solução”, e de fato é! Criado com o propósito de facilitar as transações entre pessoas, desde sua origem o dinheiro evoluiu bastante ao longo dos milênios e hoje fazemos transações apenas com números na tela de um computador. Vamos entender melhor como chegamos até aqui?

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O início: a troca de itens

Aquilo de se chama de dinheiro mudou de significado ao longo da história. Trocando de aparência e valor, de acordo com o momento da humanidade. Antes da origem do dinheiro, tínhamos coisas.

Há milhares de anos, quando você tinha algo que outras pessoas desejavam, você podia trocar esse objeto ou animal por algo que quisesse. Porém, estabelecer valores era difícil, principalmente em sociedades mais isoladas geograficamente.

Para solucionar esse problema, era necessária uma opção mais portátil. Sendo assim, por volta de 1200 a.C. surgiram as conchas de cíperus. Pequenas, resistentes e brilhantes, as conchas de moluscos marinhos eram reconhecidas como preciosas, sendo usadas por toda a Eurásia e África.

Mas o problema com a troca direta, mesmo que com as conchas, era atribuir valor aos objetos. Sendo assim, concordar sobre o valor das moedas era crucial para as relações econômicas. Foi só por volta de 600 a.C. que na Turquia os Lídios criaram as primeiras moedas como conhecemos hoje. Feitas de uma liga de ouro e prata, o eletrum foi a base para as moedas que circulam atualmente.

Porém, as moedas, apesar de mais leves e fáceis de transportar do que um carregamento de frutas, por exemplo, ainda não eram muito práticas. Para carregar grandes valores, era preciso carregar pesados sacos de metal, o que prejudicava grandes transações.

As moedas retratam o deus Apolo de um lado e um cavalo cercado por símbolos do outro. Crédito: Amgueddfa Cymru – Museu Nacional do País de Gales

A criação das notas de dinheiro

Foi só no início do seculo VII que a dinastia Tang da China apresentou uma solução: o papel-moeda. Essa invenção era um documento fornecido pelo governo que atestava que o portador possuía poder de compra.

Além de ser extremamente leve, ele podia apresentar desenhos artísticos mais elaborados dos que os cunhados nas peças de metal. Não demorou muito para que a ideia se espalhasse e atraísse a atenção dos falsários.

Extremamente fáceis de serem reproduzidas, as cédulas de papel se tornaram um problema para os governos. De um lado, os falsificadores atingiram sua era de ouro, com poucas ferramentas de segurança, qualquer bom artista da fraude poderia criar seu próprio tesouro de mentira.

Do outro lado, os governos enfrentavam uma desvalorização das suas moedas correntes. Durante crises e guerras era fácil demais imprimir mais dinheiro, o que aumentava a inflação e retirava o valor das moedas. Agravando ainda mais as crises.

O ouro foi utilizado como uma forma de estabilidade cambial entre as moedas da época. Imagem: Kaizen Digital / Shutterstock

Era necessário então criar um peso para cada cédula de dinheiro impressa. Foi então quando entrou em campo o padrão ouro. Ao vincular cada nota de dinheiro a uma quantidade específica de ouro, o padrão ouro criou um modelo de estabilidade cambial que perdurou por mais de duzentos anos nos Estados Unidos e Europa.

No entanto, a confiança no padrão ouro desmoronou durante a Primeira Guerra Mundial, e logo ficou claro que, para prosperar, as moedas precisavam da liberdade para flutuar dinamicamente umas contra as outras. O padrão ouro foi abandonado nos Estados Unidos em 1933, e uma economia global começou a se formar.

E atualmente?

A era moderna do dinheiro é a era do crédito. Tendo iniciado em 1946 com o primeiro cartão de crédito emitido por um banco. Hoje em dia os números do cartão de crédito vivem em laptops, em aplicativos móveis, em pulseiras e em relógios. Tornaram-se a nova carteira, ativada com um aceno de pulso ou um flash da tela do telefone.

Porém, paralelamente à era do crédito, estamos vivendo a popularização das criptomoedas. Em especial o Bitcoin. Criado em 2009 por uma entidade misteriosa conhecida como Satoshi Nakamoto, é a primeira e mais conhecida criptomoeda.

(Imagem: Shutterstock)

Operando em um sistema descentralizado, o Bitcoin utiliza a tecnologia blockchain, uma cadeia de blocos interconectados que registra todas as transações de forma transparente e imutável.

Sua oferta limitada a 21 milhões de unidades, a natureza pseudônima das transações e a descentralização têm atraído entusiastas e investidores. O bitcoin é a evolução do dinheiro, e embora seu uso enfrente críticas e desafios regulatórios, o impacto da criptomoeda no setor financeiro global, com especial ênfase na transparência e anonimato de suas transações, tem sido responsável por moldar o cenário financeiro moderno.

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