Como água-viva “recria” tentáculos perdidos? Estudo responde

A natureza é fascinante e uma pequena espécie de água-viva é um exemplo disso. A Cladonema (Cladonema pacificum) é capaz de regenerar um tentáculo perdido em apenas dois dias. Esse “poder” sempre intrigou os cientistas, mas agora pesquisadores japoneses descobriram como o processo acontece.

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Processos de regeneração no mundo animal

Muitas espécies conseguem regenerar um tecido perdido. É o caso das salamandras, dos corais, das anêmonas-do-mar e de diversos tipos de insetos. Para isso, eles criam um blastema, que consiste em um aglomerado de células que podem não só reparar os machucados, como também crescer nas extremidades perdidas.No entanto, as águas-vivas contam com um sistema de regeneração mais sofisticado e também desconhecido pela ciência até agora.As informações são do UOL.

Água-viva pode regenerar tentáculo perdido em apenas dois dias (Imagem: Minakryn Ruslan/Shutterstock)

O segredo da água-viva

Segundo o estudo publicado na revista PLOS Biology, as células proliferativas da Cladonema são específicas para o reparo. Elas contribuem para formar a fina camada externa, chamada de epitélio, do novo membro.

Além disso, cada tentáculo possui células-tronco de verdade, que residem nas extremidades e são responsáveis por gerar todas os tipos de células necessárias durante a regeneração. Dessa forma, mantêm e consertam os problemas do animal durante toda sua vida.

Já as células proliferativas específicas para reparo aparecem apenas no momento da lesão. Juntas, elas permitem a regeneração rápida do tentáculo, o que acontece em dois dias.

De acordo com os pesquisadores, o objetivo do estudo era compreender como animais sem simetria bilateral, como a água-viva, formavam o blastema. Neles, não há formação de lados direto e esquerdo durante o desenvolvimento embrionário. 

Já animais como a salandra, por exemplo, têm simetria bileteral. Para regenerar os membros, elas possuem células-tronco restritas às necessidades de tipos celulares específicos.

A conclusão da equipe envolvida na pesquisa é que o mecanismo de ação é parecido. Além disso, as descobertas são importantes para compreender melhor a evolução dos animais.

Podemos presumir que a formação do blastema por meio dessas células é uma característica comum adquirida independentemente para a regeneração de órgãos complexos e apêndices durante a evolução animal.

Sosuke Fujita, autor do estudo

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