Aplicativo ajuda a lidar com zumbido na cabeça, diz pesquisa

Pesquisadores descobriram que o aplicativo MindEar ajuda usuários a diminuírem o impacto debilitante do zumbido – problema também descrito como “barulho nos ouvidos” – em questão de semanas. O estudo foi publicado na revista científica Frontiers in Audiology and Otology.

Para quem tem pressa:

Pesquisadores descobriram que o aplicativo MindEar é eficaz na diminuição dos efeitos debilitantes do zumbido; o estudo foi publicado na revista científica Frontiers in Audiology and Otology;O estudo analisou o uso do chatbot do MindEar, o Tinnibot, na terapia cognitivo-comportamental (TCC) para mudar a percepção do zumbido pelos usuários e torná-lo menos incômodo;Participantes do estudo foram divididos em dois grupos, um usando apenas o Tinnibot e outro combinando o chatbot com sessões online de TCC; ambos apresentaram redução significativa do estresse relacionado ao zumbido;O zumbido afeta mais de 740 milhões de adultos globalmente; embora possa desaparecer, em muitos casos persiste – e afeta audição, concentração e humor.

A pesquisa analisou o uso do aplicativo para fornecer terapia cognitivo-comportamental (TCC). Neste caso, essa terapia busca mudar a maneira o que a pessoa pensa sobre seu zumbido. O objetivo é torná-lo menos perceptível – e, consequentemente, incômodo – ao longo do tempo.

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Os pesquisadores recrutaram 30 adultos com zumbido e os dividiram em dois grupos. Um recebeu TCC por meio do chatbot do MindEar, o Tinnibot. O outro teve acesso a quatro sessões online de meia hora cada, além da TCC com o Tinnibot. A intervenção durou oito semanas, enquanto o acompanhamento dos pacientes se estendeu por dois meses.

O estudo descobriu que, em ambos os grupos, o estresse relacionado ao zumbido dos participantes diminuiu significativamente ao longo do tempo. “Em nosso estudo, dois terços dos usuários de nosso chatbot viram melhora após 16 semanas. Isso foi reduzido para apenas oito semanas quando os pacientes também tiveram acesso a um psicólogo online”, disse o autor principal e co-fundador do MindEar, Fabrice Bardy, num artigo revisado por pares.

Esta não é a primeira tentativa de usar tecnologia para tratar o zumbido. Em 2022, cientistas testaram um aplicativo com terapia sonora, enquanto pesquisas anteriores até experimentaram o uso de choques na língua como tratamento.

Zumbido (e algo para ajudar)

(Imagem: Divulgação)

O zumbido, que se acredita afetar mais de 740 milhões de adultos globalmente, não tem cura. Às vezes pode desaparecer por conta própria. Quando não desaparece, o som desagradável pode ser transformador – no mau sentido. Quem o ouve pode experimentar mudanças significativas na audição, concentração e humor, às vezes a ponto de causar ansiedade e depressão.

Embora não haja cura para o zumbido, existem estratégias para lidar com ele. “Um dos equívocos mais comuns sobre o zumbido é que não há nada que você possa fazer a respeito; que você apenas tem que conviver com isso. Isso simplesmente não é verdade. Ajuda profissional de pessoas com experiência em suporte ao zumbido pode reduzir o medo e a ansiedade associados ao som que os pacientes ouvem”, disse Bardy.

O problema está em acessar essa ajuda, como explicou a co-autora do estudo e psicóloga, professora Suzanne Purdy. “A terapia cognitivo-comportamental é conhecida por ajudar pessoas com zumbido, mas requer um psicólogo treinado. Isso é caro e muitas vezes difícil de acessar.”

É aí que o MindEar (disponível na Play Store e App Store) e o Tinnibot esperam se encaixar. A empresa agora se apoia na credibilidade da pesquisa. Isso porque seus resultados apontam o app como ferramenta acessível e eficaz para lidar com zumbido. 

Também se espera que estudos futuros ajudem a tornar a experiência mais individualizada. A ideia é investigar se há uma relação entre características particulares de um paciente com zumbido e quão bem-sucedidos são diferentes modos de terapia.

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