Minicérebros são desenvolvidos via tecido cerebral humano pela primeira vez

Cientistas desenvolveram pela primeira vez minicérebros 3D via tecido cerebral fetal humano. Experimentos usando células-tronco já haviam sido bem-sucedidos, mas o uso de tecido humano cerebral real é novidade e pode ajudar a entender como o cérebro realmente funciona, forma doenças e reage a tratamentos.

Os pesquisadores também injetaram tumores no minicérebro de laboratório para estudar o câncer.

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Minicérebro em laboratório

O minicérebro da vez é do tamanho de grão de arroz e já tem estruturas celulares 3D complexas.

Os pesquisadores destacam que experimentos usando células-tronco já existem, mas nunca havia sido feito estudo usando tecido cerebral real. Ou seja, o campo de estudo deixa de ser baseado em simulações de células aproximadas (uma vez que as células-tronco são convencidas a se passarem por células do cérebro) e passa a usar componentes reais do órgão.

Eles destacam que as pesquisas anteriores ajudam principalmente na hora de estudar a reação do cérebro a tratamentos e distúrbios. Como o novo avanço, eles poderão entender como se moldam as regiões do órgão, seu comportamento, características específicas e o que cria a diversidade celular.

Minicérebro criado em laboratório (Imagem: Reprodução/Princess Máxima Center, Hubrecht Institute/B Artegiani, D Hendriks, H Clevers)

Como os cérebros foram feitos

Os pesquisadores coletaram amostras de tecido cerebral de fetos falecidos com idade gestacional de 12 a 15 semanas, fornecidos anonimamente;Eles separaram as células cerebrais e as cultivaram separadamente em pequenas placas usando nutrientes de crescimento;Conforme as amostras cresciam, elas foram agitadas para garantir que cada célula fosse exposta aos produtos químicos e tivessem condições de se desenvolver;Entre quatro e oito dias, pode-se notar a formação das estruturas 3D organizadas, que, posteriormente, amadureceram e começaram a se parecer com o tecido cerebral como conhecemos;Os minicérebros foram cultivados durante seis meses e apresentaram diversos tipos de células (incluindo células-tronco), além de produzirem suas próprias proteínas, que ajudaram na organização 3D. Isso permitiu estudar como toda a estrutura cerebral se forma.

Imagem aproximada de minicérebro criado em laboratório (Imagem: Reprodução/Princess Máxima Center, Hubrecht Institute/B Artegiani, D Hendriks, H Clevers)

Para que servem os minicérebros

Segundo o Live Science, os minicérebros estão surgindo como forma de testar a segurança e eficácia de medicamentos e tratamentos. Inclusive, no estudo, os pesquisadores desencadearam tumores cerebrais para estudar tratamento para o câncer.

Os autores querem continuar estudando o órgão e criar versões via tecidos cerebrais fetais em diferentes estágios, bem como tecidos de fetos com doenças e associados à mortalidade infantil. Assim, é possível aprofundar o conhecimento sobre órgão tão misterioso e difícil de estudar.

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