Ataques a navios no Mar Vermelho paralisam produção da Tesla e Volvo

A Tesla e a Volvo suspenderam parte da produção de veículo na Europa por falta de peças. O problema se agravou após ataques contra navios de transportadoras marítimas no Canal de Suez (entre o mar Mediterrâneo e o mar Vermelho) e deve atingir mais empresas em breve.

O que aconteceu

A milícia Houthi, apoiada pelo Irã, fechou a rota marítima, considerada uma das mais importantes do mundo.O conflito regional é decorrente da guerra de Israel em Gaza. Na quinta-feira (11), EUA e Reino Unido responderam com ataques aéreos aos radicais do Iêmen.Além de aumentar a preocupação com ataques a navios carregados com roupas, telefones e peças de automóveis, a taxa de transportes disparou.O esperado é que a rota mais rápida entre a Ásia e a Europa fique fechada por mais tempo.

Segundo a Reuters, este já é o maior golpe na cadeia de abastecimentos desde a pandemia, podendo gerar impactos na economia global.

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O que dizem as montadoras

A Tesla declarou que suspenderá a maioria da produção de automóveis em sua fábrica de Berlim, onde monta veículos elétricos para venda na Europa, de 29 de janeiro a 11 de fevereiro, citando falta de componentes.

Os conflitos armados no Mar Vermelho e as mudanças associadas nas rotas de transporte entre a Europa e a Ásia estão tendo um impacto na produção

Tesla, em comunicado

Tesla Gigafactory em Berlim, Alemanha. Imagem: Mariana4one/Shutterstock

Já a Volvo, controlada pela chinesa Geely, disse que interromperá a produção em sua fábrica em Gent, na Bélgica, por três dias na próxima semana devido a um atraso na entrega de caixas de câmbio.

Outras montadoras também poderão sofrer com escassez de peças devido ao conflito do Mar Vermelho. Por enquanto, o grupo automotivo Stellantis disse que não viu “quase nenhum impacto” na fabricação e usou frete aéreo em alguns casos. Já BMW, Volkswagen e Renault disseram que a produção ainda não foi afetada.

Por ora, alguns navios estão sendo redirecionados para uma rota muito mais longa que passa pelo extremo sul de África, o que deixou as viagens ainda mais caras e demoradas. A mudança deve acrescentar pelo menos 10 dias a mais nos prazos de entregas, alertou a dinamarquesa Maersk, a maior do mundo no ramo de transporte marítimo.

Impacto em outros setores

Empresas de outros setores também serão afetadas, como a IKEA, do segmento de mobília doméstica, e a varejista britânica de roupas Next.

Ambas também esperam atrasos na entrega de mercadorias e podem procurar alternativas aéreas ou ferroviárias de transporte para evitar que as prateleiras fiquem vazias nos próximos meses.

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