Apple volta a crescer, mas encontra barreiras na China e na corrida das IAs

A Apple divulgou nesta quinta-feira (01) os resultados do primeiro trimestre fiscal de 2024, que se encerrou em 30 de dezembro de 2023. A empresa voltou a crescer pela primeira vez em um ano, com destaque para as vendas de iPhones e serviços, como iCloud, AppleTV+ e App Store. No entanto, como era esperado, a big tech registrou quedas na China frente à concorrência do mercado dos smartphones.

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Resultados da Apple

O primeiro trimestre de 2024 foi misto para a Apple.

A empresa teve um aumento de 2% nas vendas gerais, dando fim a quatro trimestres consecutivos de quedas. O total foi de US$ 119,58 bilhões, contra US$ 117,91 bilhões esperados por analistas da LSEG. Agora, são 2,2 bilhões de dispositivos da Apple em uso, contra os 2 bilhões de um ano atrás.

As ações também ficaram acima do esperado: US$ 2,18 por ação, contra a expectativa de US$ 2,10.

Veja os números por produto da Apple:

iPhones: a venda dos smartphones cresceu 6%, chegando a US$ 69,70 bilhões, contra US$ 67,82 bilhões estimados.Serviços: nos setores de serviços, que incluem a AppleTV+, música, armazenamento iCloud e App Store, a empresa fechou com US$ 23,12 bilhões, não superando as expectativas de US$ 23,35 bilhões. No entanto, foi a área que teve o maior crescimento, de 11%;Mac: nas vendas dos aparelhos Mac, a empresa ficou ligeiramente acima do esperado. Arrecadou US$ 7,78 bilhões, contra os US$ 7,73 bilhões estimados;iPad: já as vendas de iPad caíram 25%, fechando em US$ 7,02 bilhões. A expectativa era de US$ 7,33 bilhões.Acessórios: o segmento de acessórios vestíveis, como os AirPods e Apple Watch, também caiu, indo para US$ 11,95 bilhões. Ainda assim, ficou acima da estimativa de US$ 11,56 bilhões, que baixou após os executivos alertarem sobre a baixa demanda. Além disso, os relógios inteligentes da empresa passam por uma disputa intensa relacionada a um recurso de saúde e chegaram a ser tirados das prateleiras nos Estados Unidos.

(Imagem: Dontree_M/ Shutterstock)

Apple na China

Apesar dos resultados mistos globalmente, a Apple não foi tão bem na China. O CEO Tim Cook disse em entrevista à Reuters que o país é o “mercado de smartphones mais competitivo do mundo” e que está feliz com o crescimento global.

No entanto, as vendas do smartphone não vão bem por lá. Primeiro, medidas governamentais desestimularam o uso e a produção do aparelho, inclusive proibindo funcionários de usá-los durante o expediente. Segundo, a concorrência do setor no país é intensa, principalmente com a ascensão da Huaweii e seu famoso Mate 60 Pro.

As vendas na China foram de US$ 20,82 bilhões, bem abaixo da expectativa de US$ 23,53 bilhões. Segundo Cook, isso foi uma queda de “meio dígito” no trimestre, mas a produção de iPhones por lá continua em alto nível.

Dados da Counterpoint Research mostram que as remessas do aparelho na China caíram durante o trimestre, com consumidores preferindo aparelhos rivais.

Nos demais países da Ásia (sem contar China e Japão), a Apple não foi tão mal e registrou vendas de US$ 10,16 bilhões, superando a projeção de US$ 9,75 bilhões. O CEO ainda disse que os iPhones tiveram um recorde de vendas da Coreia do Sul, superando a rival Samsung.

(Imagem: Arcansel / Shutterstock)

IA

A relação da Apple com a IA é outra preocupação de investidores.

A empresa estaria atrasada na adoção da tecnologia e ficou para trás na disputa com a Microsoft, que chegou a assumir o posto de mais valiosa do mundo em janeiro. Inclusive, neste mês, as ações da Apple caíram mais de 3%.

A big tech diz estar pesquisando IA generativa, mas que está mais focada no headset Vision Pro (que não deve dar lucro significativo tão cedo) e na melhora da situação na China.

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