IA decifra pergaminhos carbonizados na destruição de Pompeia há 2 mil anos

Pergaminhos de cerca de 2 mil anos queimados na erupção do vulcão Vesúvio, que destruiu a antiga cidade romana de Pompeia, foram parcialmente decifrados através do uso da inteligência artificial. Os esforços para traduzir estes documentos antigos fazem parte de um concurso chamado “Desafio do Vesúvio”.

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Conteúdo era considerado ilegível

Os Papiros de Herculano consistem em cerca de 800 pergaminhos gregos enrolados que foram carbonizados durante a erupção, ocorrida em 79 DC.Eles foram encontrados em uma vila que pode ter pertencido ao sogro de Júlio César, cuja propriedade, em grande parte não escavada, abrigava uma biblioteca que poderia conter milhares de manuscritos.Os documentos estão guardados no Instituto da França, em Paris, e na Biblioteca Nacional de Nápoles, na Itália, mas sofreram graves danos ao ponto de ser impossível ler o que está escrito neles.Para tentar superar este obstáculo e descobrir quais informações valiosas esses documentos milenares contêm, três pesquisadores utilizaram a IA e receberam um prêmio de 700 mil dólares (cerca de R$ 3,48 milhões) pelo resultado.As informações são de O Globo.

Ten months ago, we launched the Vesuvius Challenge to solve the ancient problem of the Herculaneum Papyri, a library of scrolls that were flash-fried by the eruption of Mount Vesuvius in 79 AD.

Today we are overjoyed to announce that our crazy project has succeeded. After 2000… pic.twitter.com/fihs9ADb48

— Nat Friedman (@natfriedman) February 5, 2024

Decifrando os pergaminhos

O “Desafio do Vesúvio” realizou tomografias computadorizadas de alta resolução de quatro dos pergaminhos e ofereceu prêmios para estimular a pesquisa sobre eles. O trio vencedor era composto por Youssef Nader, estudante de doutorado em Berlim; Luke Farritor, aluno e estagiário da SpaceX em Nebraska (Estados Unidos); e Julian Schilliger, estudante suíço de robótica.

O grupo usou IA para ajudar a distinguir a tinta do papiro e resolver a letra grega fraca e quase ilegível por meio do reconhecimento de padrões.

O desafio exigia que os pesquisadores decifrassem quatro passagens de pelo menos 140 caracteres, sendo pelo menos 85% recuperáveis. No ano passado, Farritor conseguiu identificar a primeira palavra em um dos pergaminhos.

Segundo os organizadores, aproximadamente 5% do pergaminho foi decifrado com o uso da IA. O autor do manuscrito foi “provavelmente o filósofo epicurista Filodemo”, que escreveu “sobre música, comida e como aproveitar os prazeres da vida”, escreveu o organizador do concurso, Nat Friedman, na rede social X (antigo Twitter).

Na próxima fase do concurso, será feita uma tentativa de desvendar 85% do pergaminho.

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