Nova IA pode ajudar na escolha do antidepressivo certo

A saúde mental passou a ser pauta importante na vida de milhões de pessoas em todo o mundo nos últimos anos. Não que as doenças não existissem antes, mas a pandemia levou a um salto expressivo no registro de casos.

De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), órgão vinculado à Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2020, durante uma das fases mais críticas da Covid-19, os transtornos depressivos graves aumentaram em 35% e os transtornos de ansiedade tiveram alta de 32%.

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Quem já passou por alguma situação do tipo, ou tem alguém na família ou amigos, sabe que o tratamento passa por muito apoio, terapia e remédios.

Os antidepressivos são medicamentos importantes no processo de recuperação, mas trazem consigo alguns problemas, como os efeitos colaterais, o preço elevado e a demora em saber se esse remédio é mesmo o certo para você.

Especialistas afirmam que esse teste, normalmente, dura entre seis e oito semanas. O organismo pode não se adaptar ao medicamento, mas, até descobrir, o paciente já gastou dinheiro e já sofreu com os efeitos colaterais.

Pensando nesse aspecto, cientistas da Universidade de Amsterdã, na Holanda, desenvolveram um novo modelo de Inteligência Artificial capaz de determinar a eficácia de um antidepressivo em apenas uma semana!

O estudo foi publicado no The American Journal of Psychiatry.

Como funciona

Os cientistas desenvolveram um algoritmo que, com base em exames de ressonância magnética dos pacientes, conseguiu determinar se um determinado antidepressivo seria eficaz a longo prazo.Os testes foram feitos apenas com a sertralina, que tem o nome comercial de Zoloft.Esse inibidor seletivo da recaptação da serotonina é o remédio mais prescrito para depressão nos EUA.Para este estudo, a equipe utilizou os resultados de uma pesquisa anterior realizada com 229 pacientes com transtornos mentais.Os cientistas inseriram na IA os resultados dos exames cerebrais de ressonância magnética dessas pessoas, além de dados clínicos registrados antes da administração de sertralina ou do placebo. O robô passou a observar especificamente o córtex cingulado anterior, bem como a gravidade dos sintomas.O algoritmo percebeu que aqueles que tinham muito fluxo sanguíneo nessa região do cérebro, que é responsável pela regulação emocional, seriam ajudados pela droga.Ao observar os exames, a IA determinou que a sertralina só funcionaria para um terço dos participantes.Com isso, ela poupou os outros dois terços de até dois meses do chamado “esperar para ver”.Embora este algoritmo seja específico para a sertralina, os médicos esperam expandir a experiência para todos os antidepressivos existentes no mercado.

As informações são do New Atlas.

Alerta para os jovens

Um outro estudo publicado recentemente na revista JAMA Psychiatry mostra um crescimento nos casos entre os jovens.

De acordo com o levantamento, uma em cada dez pessoas entre 5 e 24 anos vive com pelo menos um transtorno mental diagnosticável.

Um dado alarmante é que as informações foram colhidas em 2019, ou seja, antes da pandemia. A tendência, portanto, é que os números estejam ainda maiores atualmente.

E quando falamos em uma em cada dez crianças e jovens desta idade, estamos nos referindo a uma parcela gigantesca da população global: são 293 milhões de pessoas em todo o mundo.

E muitas delas não foram devidamente diagnosticadas, muito menos receberam o tratamento adequado.

Vale destacar que saúde mental é um assunto sério. Se você apresentar algum sintoma, procure ajuda profissional. E se conhecer alguém nessa condição, dê apoio.

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