MiniTouch: dispositivo permite que próteses “sintam” a temperatura do que estão pegando
Um inovador dispositivo apelidado de “MiniTouch” foi desenvolvido para ser adaptável a próteses já existentes e proporcionar, além da sensação tátil de tocar objetos, saber a temperatura do que estão segurando. Esta criação, publicada na revista Med e desenvolvida por cientistas da Escola de Estudos Avançados Sant’Anna, da Itália, e da Escola Politécnica Federal de Lausana (EPFL), da Suíça, representa um marco significativo no design de membros artificiais experimentais.
A novidade conta com um sensor de temperatura localizado na ponta do dedo indicador da prótese e um componente dedicado que liga a prótese à área do membro onde houve a amputação. Esse componente atua em conjunto com o sensor de temperatura, transmitindo para a pessoa a sensação de calor ou frio, conforme captado pelo sensor.
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Basicamente, quando o sensor na ponta do dedo entra em contato com um objeto, ele gera sinais elétricos que variam de acordo com a temperatura do ele tocou. Na parte onde há o contato com o corpo do usuário, acontece a experiência perceptiva similar ao conceito de sensações experimentadas em membros fantasmas por amputados.
Precisão ao sentir temperaturas
Um homem de 57 anos, amputado na altura do pulso, testou o MiniTouch com resultados notáveis. Ele foi capaz de identificar com 100% de precisão garrafas contendo água em diferentes temperaturas, apenas pelo toque. Em contraste, sem o uso do dispositivo, a taxa de precisão foi de 33%.
O usuário também conseguiu classificar cubos de metal baseados em suas temperaturas. Além disso, o homem soube dizer quando estava segurando uma mão humana ou uma prótese com uma precisão de 80%, mesmo estando de olhos vendados.
Aguçando sentidos
A tecnologia está atualmente sendo testada em laboratório. O próximo passo será preparar o MiniTouch para uso doméstico e integrar informações térmicas de vários pontos (como se a pessoa estivesse sentindo normalmente com a parte do membro que está sendo substituída pela prótese).
Por exemplo, permitir que as pessoas diferenciem as sensações térmicas e táteis no indicador e no polegar pode ajudá-las a agarrar uma bebida quente. Ao mesmo tempo, otimizar a sensação nas costas da mão de uma prótese pode melhorar a sensação de conexão humana, permitindo que os amputados sintam melhor o contato de alguém lhe acariciando nesta parte do corpo.
Via New Atlas
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