Twitter concedeu selo de verificação para terroristas, diz relatório
Mais uma grave acusação contra o X (antigo Twitter). A rede social de Elon Musk estaria violando as sanções dos Estados Unidos ao aceitar pagamentos de organizações terroristas e outros grupos impedidos de fazer negócios no país. As informações constam em relatório do Tech Transparency Project, uma organização sem fins lucrativos focada na prestação de contas de grandes empresas de tecnologia.
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De acordo com o documento, o X teria aceitado conceder o selo de verificação para contas administradas por líderes de grupos considerados terroristas como o Hezbollah, do Líbano, e os houthis, do Iêmen. Além disso, meios de comunicação estatais do Irã e da Rússia também realizaram pagamentos para receber a marcação e ter diversas vantagens, como um maior impulsionamento promovido pelo algoritmo da plataforma.
Um dos exemplos apresentados pelo relatório é o de Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah. Ele recebeu o status premium em novembro do ano passado e frequentemente posta comunicados de imprensa e memes zombando dos Estados Unidos e Israel. A conta dele possui mais de 90 mil seguidores.
A mesma situação ocorre com a conta da Harakat Hezbollah al-Nujaba, uma milícia apoiada pelo Irã com mais de 11 mil seguidores, e do grupo rebelde houthis, inscrito recentemente, responsável por ataques a navios militares e de comércio no Mar Vermelho em resposta aos bombardeios de Israel na Faixa de Gaza.
O Departamento do Tesouro dos EUA mantém uma lista de entidades que foram colocadas sob sanções e, embora os termos de serviço oficiais do X proíbam essas pessoas ou organizações de fazer pagamentos na plataforma, o relatório encontrou 28 contas com o selo de verificação.
Ficamos surpresos ao descobrir que a X estava fornecendo serviços premium para uma ampla gama de grupos que os EUA sancionaram por terrorismo e outras atividades que prejudicam sua segurança nacional É mais um sinal de que o X perdeu o controle de sua plataforma.
Katie Paul, diretora do Tech Transparency Project
A rede social X e Elon Musk não se pronunciaram oficialmente sobre o assunto até agora. As informações são do The New York Times.
(Imagem: kovop/Shutterstock)
Rede social já foi criticada anteriormente
No ano passado, um estudo da NewsGuard, apontou que 74% das publicações com conteúdos falsos sobre o conflito entre Israel e Hamas vieram de contas verificadas no antigo Twitter.Além disso, a Comissão Europeia solicitou formalmente informações sobre como a empresa está lidando com o conteúdo que viola as políticas do bloco e a desinformação relacionados ao conflito.A investigação faz parte da recém promulgada Lei de Serviços Digitais (DSA) da União Europeia (UE), que responsabiliza legalmente as plataformas pelos conteúdos postados nelas.
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