Brasil está próximo de se tornar membro de maior centro de pesquisas do mundo

O governo brasileiro informou ao CERN que concluirá os procedimentos burocráticos necessários para que o país se torne membro-associado do laboratório. A associação começou a ser negociada em 2012 e o prazo para conclusão dos procedimentos era março de 2024. O Olhar Digital já havia falado sobre o tema em 2022.

Embora os acordos internacionais tenham sido aprovados no Congresso no final de 2023, ainda falta a promulgação da Presidência da República. Em 2022, era estimado que o Brasil teria de pagar US$ 10 milhões (R$ 51 milhões, na cotação atual) anualmente para manter sua participação. No entanto, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) apontou que o orçamento da pasta havia reservado os recursos necessários para que a contribuição anual do País seja cumprida.

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CERN

O CERN abriga o maior acelerador de partículas do mundo, o Large Hadron Collider (Grande Colisor de Hádrons). Desde 2006, o Brasil tem acordo de colaboração com o CERN, sendo que vários pesquisadores brasileiros colaboram com experimentos conduzidos no acelerador.

O físico Sérgio Novaes, que participou da primeira comissão responsável pelo processo de adesão, analisou as possibilidades que surgirão com a condição de país-membro. Em entrevista ao Jornal da Unesp, segundo ele, do ponto de vista da pesquisa, não haverá muitas mudanças, pois os dados já são compartilhados entre os pesquisadores de diversos países.

No entanto, o Brasil terá o direito de participar das licitações para aquisição de material necessário para manter ativo o LHC, o maior acelerador de partículas do mundo;Isso pode ajudar no desenvolvimento da indústria de alta tecnologia no Brasil e abrir caminhos para transferência de conhecimento;Novaes afirma que, por meio desses contratos de licitações, o Brasil pode até mesmo recuperar os US$ 12 milhões que paga anualmente pela condição de membro-associado;No entanto, para aproveitar essas oportunidades, é necessário que os gestores de ciência e tecnologia do País, bem como os empresários, demonstrem iniciativa;É essencial identificar as demandas de produtos e serviços do CERN e facilitar a aproximação das empresas brasileiras com a instituição europeia;Será preciso gerenciar todo esse processo, caso contrário, o Brasil ficará apenas como espectador e não obterá outros benefícios.

O Olhar Digital pediu entrevista com Novaes e vai atualizar esta matéria assim que obtivermos as respostas.

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