MP cobra explicações do governo de SP sobre uso do ChatGPT para criação de aulas

A decisão do governo de São Paulo de utilizar o ChatGPT, da OpenAI, na criação de aulas virtuais em escolas da rede estadual gerou polêmica. O Ministério Público de São Paulo questionou a Secretaria de Educação do estado sobre a proposta.

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O MP quer saber como e em quais materiais a tecnologia será empregada, detalhes de seu funcionamento e se alguma empresa foi contratada para prestar esse serviço. O órgão ainda cobra pesquisas e dados que sustentem a decisão.

O Ministério Público de São Paulo ainda quer que seja informado o “número de computadores e tabletes disponíveis em cada unidade escolar da rede de ensino estadual, assim como a proporção de alunos por equipamento e por escola”. Por fim, a Secretaria de Educação deve relatar se foram editados atos administrativos com a finalidade de orientar o uso dessas tecnologias.

O governo de São Paulo não se pronunciou oficialmente sobre os questionamentos feitos pelo MP até agora. As informações são da Exame.

Uso do ChatGPT para criação de aulas em SP gerou polêmica (Imagem: T. Schneider/Shutterstock)

A proposta do governo de SP

Hoje, o material didático é produzido por professores curriculistas (especialistas na elaboração desse tipo de conteúdo).

Com a mudança proposta pelo governo, esses profissionais passarão a “avaliar a aula gerada [pela inteligência artificial] e realizar os ajustes necessários para que ela se adeque aos padrões pedagógicos”.

A orientação enviada aos docentes afirma que a ferramenta de IA vai gerar a “primeira versão da aula com base nos temas pré-definidos e referências concedidas pela secretaria”.

Os professores serão responsáveis por editar o material e encaminhar para uma equipe interna da secretaria, que fará a revisão final de aspectos linguísticos e formatação.

O uso do ChatGPT está prevista para o terceiro bimestre dos anos finais do ensino fundamental (do 6º ao 9º ano) e do ensino médio.

O objetivo é agilizar a produção do material didático que é usado pelos 3,5 milhões de alunos da rede estadual paulista.

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