Nova geração do Nissan Leaf enfrenta desafios antes do lançamento; entenda

O Nissan Leaf foi um dos primeiros carros elétricos vendidos no Brasil. E é, definitivamente, um dos modelos mais famosos do segmento em todo o mundo. Líder de vendas entre os EVs em alguns anos, ele mantém uma marca invejável, de mais de 670 mil unidades comercializadas.

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Apesar de todo esse histórico importante, o Leaf acabou ficando para trás. O surgimento de novas montadoras focadas no mercado de elétricos desestabilizou a gigante japonesa. Só para citar um exemplo, a chinesa BYD, hoje, oferece carros mais tecnológicos e, ao mesmo tempo, mais baratos do que a concorrente.

O Leaf deixou de ser vendido aqui no Brasil em fevereiro deste ano. E esse caso ajuda a ilustrar o que escrevi aqui em cima. O modelo era vendido, à época, por R$ 298.490! Ele custava cerca de R$ 70 mil a mais do que um BYD Yuan Plus, um SUV maior, mais potente e com autonomia superior. O que aconteceu no Brasil aconteceu também no restante do mundo.

Como já informamos aqui no Olhar Digital, a Nissan está preparando uma reformulação do Leaf – e a nova geração tem previsão de lançamento para 2025.

Um dos grandes desafios da montadora será competir em pé de igualdade com as concorrentes chinesas. Mas esse não será o único obstáculo a ser superado pela empresa japonesa.

Um dos grandes desafios da Nissan será concorrer com as chinesas no mercado de EVs – Imagem: Memory Stockphoto/Shutterstock

A planta em Sunderland

A nova geração do Leaf será fabricada na fábrica da Nissan em Sunderland, no Reino Unido.

A planta, que atualmente produz os SUVs Nissan Juke e Qashqai, ambos com motor a combustão, passou por uma reforma de £ 2 bilhões (cerca de R$ 13 bilhões) para acomodar o novo produto.

As atualizações feitas no complexo incluem duas fábricas de baterias construídas nas proximidades.

Em entrevista ao site gringo Autocar, o vice-presidente de produção da Nissan no Reino Unido, Alan Johnson, disse estar otimista, mas destacou algumas desvantagens da indústria no seu país.

Disse que faltam “boas políticas sólidas” e que não é fácil construir uma cadeia de abastecimento regional.

Segundo Johnson, porém, o maior desafio é o custo da energia.

“Pagamos por vezes o dobro do que é pago na Europa continental”, declarou.

Isso pode diminuir drasticamente os lucros.

Projeto sustentável

Questionado sobre por que a Nissan optou por ficar com Sunderland mesmo com esses custos altíssimos, Johnson disse o seguinte:

“Estamos aqui. Temos um trunfo aqui. Não se trata apenas de instalações. Essas também são as pessoas. Portanto, é do nosso interesse tirar o melhor proveito dos ativos que possuímos”, explicou.

Além desse lado humano, a Nissan também pretende transformar o local em um exemplo de sustentabilidade.

Atualmente, 20% do uso de energia da fábrica vem de parques eólicos e solares locais. A empresa quer aumentar a quantia para 100%, mas não deu um prazo para isso.

Lembrando que o novo Leaf deve ter um visual mais moderno, baseado no conceito Chill-Out, apresentado em 2021 pela marca japonesa.

Chill-Out, o conceito que pode ser base para o próximo Nissan Leaf (Imagem: Divulgação/Nissan)

De acordo com os especialistas, porém, o foco não deve ficar apenas no design. A Nissan deve melhorar a autonomia, o preço e as formas de carregamento. Assim pode voltar a sonhar com o primeiro lugar que já ocupou um dia.

As informações são do Electrek.

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