Adesivo pode monitorar fluxo sanguíneo no cérebro
Um adesivo de ultrassom vestível pode ser uma alternativa para monitorar o fluxo sanguíneo no cérebro de pacientes hospitalizados. O dispositivo tem o tamanho de um selo postal, funciona de forma contínua e não é invasivo.
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Método atual não é preciso
Atualmente, para verificar o fluxo sanguíneo cerebral de pacientes que se recuperam de AVC, por exemplo, é necessário segurar uma sonda de ultrassom na lateral da cabeça da pessoa.
Esse sistema gera leituras pouco precisas, já que o resultado varia de acordo com a habilidade do técnico que segura o aparelho.
Além disso, o monitoramento é feito em intervalos espaçados ao longo do dia, o que significa que quaisquer variações no fluxo sanguíneo que ocorram entre esses momentos não são detectadas.
Monitoramento contínuo do fluxo sanguíneo do cérebro
Já o novo adesivo é um dispositivo elástico, flexível e com corpo de silicone que permanece aderido a uma das têmporas do paciente durante todo o período de internação. Durante esse tempo, ele monitora e registra continuamente o fluxo sanguíneo do cérebro.
O dispositivo incorpora várias camadas de eletrônica elástica, incluindo camadas de eletrodos de cobre e transdutores piezoelétricos. Quando estimulados por uma corrente elétrica, os transdutores produzem ondas de ultrassom de 2 mega-hertz que viajam para o cérebro e são refletidas de volta pelas principais artérias.
Utilizando um sistema de imagem ultrarrápida de ultrassom, um computador analisa os ecos de ultrassom para produzir um modelo digital 3D em tempo real das artérias, mostrando seu volume, ângulo e posição atuais. Em testes de laboratório realizados com 36 voluntários saudáveis, a tecnologia foi capaz de medir as velocidades de pico sistólico, fluxo médio e fluxo sanguíneo diastólico final com a mesma precisão de uma sonda de ultrassom portátil tradicional.
Os resultados do adesivo foram descritos em estudo publicado na revista Nature. Ensaios clínicos em pacientes reais com condições neurológicas serão realizados no futuro. A ideia é desenvolver uma tecnologia semelhante sem fio.
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