5 mitos e 5 verdades sobre a dengue e o mosquito Aedes aegypti

O Brasil, e mais recentemente o mundo, têm passado por grandes epidemias de dengue nas últimas décadas. O aumento de casos ano a ano, incluindo as fatalidades, amplifica a necessidade de informações sobre o assunto. 

Assim, esclarecer o que são mitos e verdades sobre a dengue e o Aedes aegypti se torna uma questão de saúde pública, esclarecendo as formas mais eficazes de se proteger.

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Mitos e verdades sobre a dengue e o Aedes aegypti 

Imagem: Divulgação/Fiocruz

O Olhar Digital listou abaixo os mitos e verdades mais difundidos sobre a doença e o mosquito, de acordo com dados da Faculdade de Medicina da UFMG e da Universidade Federal do Ceará. 

A dengue é pior no verão

Verdade. Períodos chuvosos, como o verão costuma ser em diversas áreas do Brasil, favorecem o crescimento do número de mosquitos – inclusive o transmissor da dengue, Aedes aegypti. Assim, como nestas épocas chuvosas o acúmulo de água costuma ser mais provável, e este é o ambiente ideal para a reprodução do mosquito, os picos de epidemia surgem principalmente no verão.

Durante o inverno podemos reduzir os cuidados 

Mito. A dengue tem apresentado casos de contaminação o ano todo. Mesmo que, com as temperaturas mais baixas, a circulação do mosquito Aedes aegypti diminua, ela não deixa de existir. Além disso, os ovos em criadouros podem resistir por mais de um ano mesmo sem água, eclodindo com as condições climáticas favoráveis e reiniciando o ciclo de vida do mosquito.

Imagem: Jarun Ontakrai/Shutterstock

A dengue pode ser contraída mais de uma vez

Verdade.  Existem quatro tipos de sorotipos do vírus da dengue. Assim, ao contrair um sorotipo de dengue, a pessoa fica imunizada permanentemente para aquele tipo – mas não para os outros, podendo contraí-los. 

A segunda vez que alguém contrair dengue será hemorrágica

Mito. A dengue hemorrágica depende da virulência, ou seja, quando o vírus adquire a capacidade de provocar uma doença mais forte. Segundo infectologistas, o risco de ter dengue hemorrágica pode aumentar a partir do segundo episódio, mas de modo geral, ela pode acontecer em qualquer uma das vezes que a pessoa for infectada.

A picada do mosquito é a única forma contrair dengue

Verdade. A fêmea do Aedes aegypti, única responsável pela transmissão da doença, é capaz de carregar um dos sorotipos do vírus e transmiti-lo por meio de sua picada. Ou seja, não há transmissão direta entre as pessoas.

O mosquito não nasce se não houver água parada

Mito. Como mencionamos, eliminar o acúmulo de água, apesar de fundamental para o combate da dengue, não é suficiente para eliminar também os ovos do mosquito. Deste modo, além de esvaziar bem os recipientes, é necessário limpá-los com atenção – esfregando com escova ou bucha. Se possível, preencha os recipientes com areia para evitar futuros acúmulos de água, ou os deixe em posições que impedem o acúmulo de modo geral.

(Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Receitas caseiras podem ajudar no tratamento da dengue

Verdade. Uma das principais recomendações para o tratamento da dengue é manter a hidratação por meio da ingestão de líquidos. Assim, chás e sucos – como o de inhame cru, ajudam no alívio do quadro. Entretanto, essas receitas caseiras funcionam apenas para a hidratação, e não curam a dengue em si. Para outros sintomas, como febre, recomenda-se o uso de medicamentos como paracetamol. 

Existem medicamentos para curar a dengue

Mito. Ainda não existe nenhum antiviral que cure a dengue. Assim, quando uma pessoa contrai a doença, sintomas como dores musculares costumam ser tratados com analgésicos, de acordo com prescrição médica. Por outro lado, no que diz respeito à prevenção, a vacina contra a dengue é oferecida e pode ser tomada por pessoas que já tiveram a doença.

O combate ao Aedes aegypti é a melhor forma de prevenção

Verdade. A maneira mais eficaz para evitar a proliferação do mosquito, prevenindo que a doença se espalhe, é eliminar o acúmulo de lixo e proteger do acúmulo de água os locais que podem virar possíveis criadouros. Como exemplo, cuidado com vasos de plantas, especialmente plantas como bromélias, piscinas sem uso e sem manutenção, pneus, caixas d’água, tampas e garrafas plásticas, entre outros.

Vale ressaltar que o mosquito Aedes aegypti não coloca os ovos em água corrente, ou seja, em rios, córregos e riachos. Ainda assim, lixo descartado às margens desses corpos de água podem acumular água limpa e se tornar criadouros – por esse motivo, descarte seu lixo em locais apropriados.

Água sanitária elimina as larvas do mosquito

Mito. Além de a água sanitária evaporar rapidamente, ela não é capaz de eliminar as larvas. Portanto, os únicos produtos indicados para a eliminação das larvas são o hipoclorito de sódio ou o cloro. Vale ressaltar que os recipientes com água parada devem ser limpos e esfregados com escova ou bucha.

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