Quais serão os impactos do La Niña no Brasil?

O El Niño deve ser seguido do seu oposto, o La Niña. O fenômeno climático consiste no resfriamento das águas do Oceano Pacífico e deve reduzir as temperaturas no planeta. No entanto, cientistas alertam que essa diminuição será, em média, bastante fraca e o calor continuará predominando.

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Fenômeno consiste no resfriamento anômalo das águas (Imagem: Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA)

Onda de calor deve persistir

Segundo os meteorologistas, isso se deve ao impacto das emissões de gases de efeito estufa, já responsáveis por um aumento das temperaturas globais de pelo menos 1,2°C em média em comparação com o final do século XIX.

O La Niña geralmente provoca condições mais úmidas em algumas regiões da Austrália, Sudeste Asiático, Índia, sudeste da África e norte do Brasil, mas condições mais secas em algumas regiões da América do Sul. Também pode contribuir para uma temporada de furacões mais intensa no Oceano Atlântico.

Apesar do fim do El Niño, o ciclo de calor deve continuar, já que seu ciclo geralmente eleva as temperaturas no ano seguinte à sua aparição. Segundo especialistas, é necessário um período de tempo para que a circulação atmosférica global se adapte. Além disso, existe uma probabilidade de 50% de que o trimestre de junho a agosto deste ano seja um período neutro antes do início da atuação do La Niña.

Anomalia da temperatura dos oceanos em novembro de 2007, sob influência de um La Niña (Imagem: NASA/Reprodução)

Efeitos do La Niña

O último La Niña aconteceu entre 2020 e 2023.

Na oportunidade, o fenômeno climático deixou o tempo mais seco no sul dos EUA, mas mais úmido e frio no noroeste do Pacífico e no Canadá.

Na Austrália, por outro lado, foram registradas fortes chuvas e inundações no leste do país.

Já no Brasil, o La Niña tende a aumentar a quantidade de chuvas no norte do país, especialmente na Amazônia.

Enquanto no sul o fenômeno tende a induzir períodos de seca, o que pode afetar plantações, especialmente nos meses de primavera.

O fenômeno climático também traz ao Brasil frentes frias intensas e prolongadas.

Além do Departamento de Meteorologia da Austrália, o Centro de Previsão Climática do Serviço Nacional de Meteorologia dos EUA afirma que há 49% de chance de que o La Niña se desenvolva durante o período de junho a agosto deste ano (e de 69% de julho a setembro).

A agência meteorológica japonesa também disse que há 60% de chance de que as condições de formação se desenvolvam de setembro a novembro deste ano.

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