Ex-funcionário processa Meta por discriminação ‘relacionada à guerra em Gaza’; entenda 

Um ex-funcionário palestino-americano da Meta está processando a empresa por discriminação após ele tratar conteúdo relacionado à guerra em Gaza, ajudando a classificar publicações sobre o tema, e ser demitido dias depois. Segundo o engenheiro, a big tech vem sendo parcial quanto ao assunto, estabelecendo um padrão de preconceito contra os palestinos. 

O que você precisa saber: 

Parte da equipe de aprendizado de máquina da Meta desde 2021, Ferras Hamad disse em ação judicial que a demissão foi injusta e apontou ainda outras irregularidades por parte da Meta; 

Dispensado em fevereiro, a Meta teria demitido o engenheiro após ele identificar que o conteúdo postado por personalidades palestinas do Instagram não era redirecionado ao feed em pesquisas; 

Vídeos e conteúdos de palestinos também estariam sendo classificados nas plataformas da empresa erradamente, em especial um de um fotojornalista que foi considerado pela rede social como pornográfico, mas mostrava um prédio destruído em Gaza, conforme apontou a ação; 

Ele acrescentou que a empresa ainda excluiu as comunicações internas dos funcionários que mencionavam as mortes de seus parentes em Gaza; 

As acusações de Hamad acompanha críticas de longa data de grupos de direitos humanos sobre o desempenho da Meta na moderação do conteúdo publicado nas suas plataformas sobre Israel e os territórios palestinianos; 

A Meta ainda não se pronunciou sobre o caso. O Olhar Digital também entrou em contato com a empresa dando espaço para pronunciamento. Atualizaremos esta nota assim que tivermos resposta. 

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Em documento, o ex-funcionário explicou que após classificar o vídeo do fotojornalista em Gaza de forma correta, a Meta iniciou uma investigação contra ele. Dias depois ele foi demitido ‘por violar uma política que proíbe os funcionários de trabalhar em questões relacionadas a contas de pessoas que conhecem pessoalmente’. Hamad pontuou que não conhecia a pessoa do vídeo. 

Conforme lembrou a Reuters, o conflito em Gaza eclodiu após integrantes do Hamas atacarem Israel em outubro, matando 1.200 pessoas e fazendo mais de 250 reféns, de acordo com registros israelenses. Em resposta, o país lançou uma ofensiva que matou mais de 36 mil pessoas, segundo autoridades de saúde de Gaza, e desencadeou uma crise humanitária. 

A Meta enfrenta acusações como essa desde o ano passado. No início deste ano, quase 200 funcionários levantaram preocupações semelhantes numa carta aberta enviada ao CEO da big tech, Mark Zuckerberg, e outros líderes. 

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