Segredo para evitar sinal vermelho pode estar em suas mãos (literalmente)

Parar em um sinal vermelho é ruim, mas esperar em uma sequência de semáforos mal ajustados é ainda pior. Apesar da complexidade do trânsito das grandes cidades, parece que em muitas delas não houve investimento em tecnologia para tornar o trânsito mais inteligente.

No mundo ideal, os semáforos seriam conectados a uma central e o tempo deles seria dinâmico, otimizado a cada momento. No entanto, isso não é realista, já que a modernização de um único cruzamento poderia chegar até a US$ 250 mil (cerca de R$ 1,3 milhão na cotação atual), segundo Danielle Deneau, diretora de Segurança no Trânsito no condado de Oakland.

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Diante disso, o Google criou um sistema para facilitar o fluxo contínuo de veículos, o Green Light. Lançado há pouco mais de um ano, ele já está em funcionamento em 14 cidades – incluindo grandes metrópoles como Abu Dhabi, Hamburgo, Seattle e Kolkata.

O Green Light promove “ondas verdes”, sequências de semáforos sincronizados que facilitam o fluxo contínuo de veículos. Segundo The Wall Street Journal, os dados apontam uma redução de 30% na oscilação do tráfego nas interseções.

Vantagens do Green Light

Imagem: metamorworks / Shutterstock

A principal vantagem do Green Light é diminuir o tempo que os motoristas passam parados em sinais vermelhos. Um estudo de 2021, conduzido pela Inrix, descobriu que os americanos gastam cerca de 10% do tempo total da viagem parados.

Acredita-se também que otimizar o fluxo nas vias das cidades possa contribuir para diminuir a emissão de gases poluentes e, inclusive, melhorar o ar que respiramos. Isso porque a poluição nos cruzamentos é 29x maior do que em ruas abertas.

Outro benefício é na economia prevista pelo sistema, já que ele não exige contratar estudos caros para monitorar o fluxo em um local específico ou instalar novos equipamentos.

Para se ter uma ideia, nos Estados Unidos, um estudo para avaliar se a temporização de um semáforo está correta custa cerca de US$ 5 mil (cerca de R$ 26,7 mil na cotação atual). Por isso, muitas cidades atualizam o tempo dos equipamentos a cada 5 anos, e algumas seguem décadas sem fazê-lo, explica Henry Liu, líder de uma pesquisa semelhante a do Google na Universidade de Michigan.

Como funciona o Green Light?

Imagem: metamorworks / Shutterstock

Ao invés disso, Green Light utiliza dados de veículos conectados à internet e de aplicativos de navegação para ajustar os semáforos de acordo com os padrões reais de tráfego.

Quando a cidade se cadastra no projeto, é enviado um dashboard com recomendações de atualização no tempo de cruzamentos específicos. Além disso, o sistema de IA avalia se houve mudança no padrão do trânsito após a modificação da temporização. Ou seja, com isso os departamentos de trânsito conseguem medir na prática o impacto de suas decisões.

Seattle é exemplo de sucesso do projeto do Google, onde a adoção do sistema levou à atualização da temporização em cinco cruzamentos em junho de 2022, com a manutenção das mudanças em quatro delas após análise subsequente. A cidade planeja continuar utilizando o sistema ao lado de métodos tradicionais, vislumbrando economias futuras significativas.

A expansão do Green Light está prevista para mais cidades, anunciadas posteriormente neste ano, consolidando a tecnologia como uma solução viável e escalável para os desafios do trânsito moderno.

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