Golpe da “falsa central” é aprimorado e causa grandes prejuízos
Na quarta-feira (12), a Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou operação que resultou na prisão de oito pessoas acusadas de aplicar o golpe da falsa central de banco. A vítima com maior prejuízo chegou a perder, entre saques, transferências e empréstimos, R$ 107 mil.
Como explica o UOL, esta modalidade do golpe da falsa central é aprimorada, pois, além de irem à casa da vítima para pegar o cartão dela, eles também alegavam precisar periciar o celular da pessoa, o que facilita muito o crime.
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Criminosos operavam falsa central de banco (Imagem: Syda Productions/Shutterstock)
Golpe da falsa central foi aprimorado
Ao todo, foram cumpridos oito mandados de prisão, quatro de busca e apreensão, além do bloqueio de dez contas bancárias;
As prisões foram efetuadas em Ceilândia (DF), Planaltina (DF) e Nova Gama (GO);
O chefe da quadrilha, Wallyson Rodrigues de Oliveira, foi preso à noite em hotel em Valparaíso (GO);
Eles tinham uma falsa central de banco. O delegado Erick Sallum, da PCDF, informou que o grupo escolhia vítimas de maior poder executivo e, preferencialmente, idosas;
Eles obtinham tais informações após comprar, na dark web, planilhas com dados de milhões de pessoas;
Entre esses dados, estão dados bancários, perfil socioeconômico, celulares e endereços;
Eles ligavam para a vítima e diziam que detectaram operações fraudulentas na conta da pessoa, e que era preciso entregar o cartão e o smartphone, para que fosse realizada uma perícia no aparelho, de modo a entender de onde eram realizadas as operações;
Então, um motoboy ia até a casa da vítima para buscar os itens;
Em posse do cartão e do celular, os bandidos realizavam saques, transferências e empréstimos;
As transferências e saques aconteciam rapidamente em caixas eletrônicos localizados na região dos criminosos, e o dinheiro era transferido para laranjas, de modo a dificultar a investigação policial.
Nesse tipo de golpe, geralmente os bancos se negam a fazer o estorno dos valores, pois as vítimas entregaram os cartões aos criminosos. Assim, temos pessoas idosas enganadas tendo, já no final da vida, que suportar prejuízos e dívidas impagáveis.
Delegado Erick Salum, da Polícia Civil do Distrito Federal, ao UOL
Foco dos bandidos eram pessoas de maior poder aquisitivo e, especialmente, idosas (Imagem: fizkes/Shutterstock)
Como se proteger do golpe da falsa central
Conforme a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), os bancos jamais pedem que você devolva o cartão, tampouco enviam pessoas para buscá-lo ou ao seu smartphone.
Ainda, as instituições financeiras nunca ligam para você solicitando senhas ou números de cartões, nem mesmo pedem para realizar transferências ou outros pagamentos.
Caso você fique na dúvida, o melhor é conversar com o banco por meio de seus canais oficiais como app ou telefone que consta na parte de trás do cartão. Faça isso mesmo se constar, em seu celular, que o número de telefone que está ligando para você for o oficial do banco, pois, agora, as quadrilhas conseguem clonar o número de telefone oficial das instituições bancárias.
No caso específico do golpe do Distrito Federal, o identificador de chamadas dos smartphones das vítimas exibiam o nome do banco, artimanha conseguida pelos criminosos que passava mais credibilidade.
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