Golpe do Pix: sistema de reembolso passará por mudanças
O Pix caiu nas graças da população brasileira, mas também é suscetível a atuação de golpistas. Por isso, o Banco Central e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) irão modificar o jeito como funciona o sistema criado para ressarcir os correntistas vítimas de fraudes. As informações são do UOL.
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Problemas na recuperação do dinheiro roubado
O Mecanismo Especial de Devolução (MED) funciona desde 2021, mas só reembolsou 9% dos pedidos de ressarcimento feitos no ano passado.
O número é considerado baixo e contrasta com outros dados.
No Brasil, quase cinco golpes via Pix acontecem por minuto.
Apenas em 2023, foram 2,5 milhões casos do tipo.
No mesmo ano, o MED foi acionado 2,5 milhões de vezes, mas apenas 225 mil solicitações foram atendidas.
Segundo um estudo da Silverguard, fintech de segurança financeira digital, de cada 100 pedidos, 89 não vão adiante por falta de saldo na conta do golpista para ressarcir a vítima.
Isso acontece porque os criminosos transferem o valor roubado para outras contas.
Mesmo quando há o recebimento da devolução, dificilmente todo o dinheiro é recuperado (apenas em 35% dos casos).
Isso significa que duas em cada três devoluções são parciais e a maioria de centavos.
O que vai mudar?
Em meio a este cenário, a Febraban disse que começou a debater nesta semana com Banco Central melhorias no mecanismo. Batizado de MED 2.0, o novo sistema deve entrar em operação até o final de 2025.
A principal mudança é que outras contas ligadas aos criminosos poderão ser usadas para o bloqueio e posterior devolução de valores. Atualmente, é possível realizar apenas o congelamento de recursos na conta recebedora do golpe.
A ideia é também tornar o Mecanismo Especial de Devolução mais eficiente e conhecido. Segundo pesquisa da Silverguard, 90% dos brasileiros não sabem que o sistema criado para ressarcir os correntistas vítimas de fraudes existe.
Para fazer uso do serviço é necessário entrar em contato com o seu banco para registrar o problema. A instituição de destino dos valores então é acionada para fazer o bloqueio dos recursos. Também é preciso registrar um boletim de ocorrência para comprovar a fraude.
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