Como a IA está revolucionando descobertas científicas 

A inteligência artificial já está presente no nosso cotidiano. Mas para muito além do ChatGPT, essa tecnologia está sendo amplamente utilizada por pesquisadores de todo o mundo para novas descobertas científicas.

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IA já foi adotada por pesquisadres de todo o mundo (Imagem: Sutthiphong Chandaeng/Shutterstock)

Uma revolução no campo científico

As ferramentas de IA são capazes de gerar e processar enormes quantidades de dados, substituindo o equivalente a anos de estudos e trabalho humano.

Essas aplicações representam uma verdadeira revolução na forma de estudar e produzir pesquisa.

Os modelos usados por pesquisadores estão presentes em todas as fases do trabalho, desde a geração de hipóteses à concepção, monitoramento e simulação de experimentos, até à publicação científica e comunicação.

De acordo com Organização Científica e de Pesquisa Industrial da Commonwealth (CSIRO), agência de ciência da Austrália, 99% das áreas de pesquisa já produzem resultados com contribuição da inteligência artificial.

A tecnologia também pode contribuir para as chamadas metanálises, que revisam as conclusões de várias pesquisas da mesma área.

As informações são do Nexo Jornal.

Uso da IA tem reduzido consideravelmente tempo necessário para novas descobertas científicas (Imagem: Pexels)

Descobertas feitas a partir do uso da IA

Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, usaram a IA para descobrir (em um tempo muito menor do que o normal) uma nova classe de candidatos a antibióticos. A tecnologia rastreou milhões de compostos químicos e testou 283 dos mais promissores em camundongos, demonstrando que vários deles eram eficazes contra bactérias resistentes a remédios disponíveis no mercado.

Já uma IA criada pela empresa britânica DeepMind catalogou, em 2022, mais de 200 milhões de proteínas, praticamente todas que existem. O trabalho, que durou apenas 18 meses, foi revolucionário, uma vez que identificar essas estruturas havia sido um dos maiores desafios da biologia nas últimas décadas.

De volta aos Estados Unidos, cientistas da Universidade de Stanford, programaram computadores para que aprendessem biologia por conta própria, executando um programa de IA semelhante ao ChatGPT. O grupo treinou as máquinas com dados brutos de milhões de células e sua composição química e genética, mas sem ensinar seu significado.

Os computadores aprenderam em apenas seis semanas informações que a humanidade levou mais 134 anos para descobrir. O objetivo dos pesquisadores é que, com o tempo a inteligência artificial faça outras descobertas de maior profundidade, relacionadas a doenças como o câncer, por exemplo.

Pesquisadores brasileiros também estão adotando a IA. Equipes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e da Universidade Federal do Paraná (UFPR) usaram a tecnologia para monitorar corais por meio de imagens publicadas nas redes sociais. O objetivo é encontrar uma alternativa ao monitoramento tradicional da espécie, que costuma ser caro e demorado, além de contribuir para a conservação ambiental.

Enquanto isso, uma ferramenta criada pela empresa chinesa Huawei faz previsões do tempo de forma milhares de vezes mais rápida e mais barata. A IA ainda é uma esperança para reduzir o consumo de energia para a realização desses cálculos.

Por fim, cientistas da Universidade de Liverpool, no Reino Unido, usaram a inteligência artificial para procurar materiais que tivessem as propriedades necessárias para construir baterias melhores. Foram pesquisados todos os 200 mil compostos cristalinos estáveis ​​e conhecidos no sistema inorgânico. A IA foi capaz de reduzir para apenas cinco o número de candidatos para testes em laboratório.

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