Primeiras amostras do lado oculto da Lua: o que sabemos até agora?

No início de junho, a missão chinesa Chang’e 6 pousou com sucesso no lado oculto da Lua. 53 dias após seu lançamento – que aconteceu em 3 de maio -, a nave finalmente retornou à Terra com as primeiras amostras do lado mais distante do nosso satélite natural.

Entenda:

A China coletou as primeiras amostras do lado oculto da Lua;

O material chegou à Terra na quarta-feira, pela sonda Chang’e 6;

A missão coletou cerca de 2 kg de amostras, que estão sendo preparadas para classificação, distribuição e análise por pesquisadores de toda a China;

O acesso ao material deve ser liberado a cientistas internacionais em dois anos.

Primeiras amostras do lado oculto da Lua chegaram à Terra na quarta-feira (26). (Imagem: muratart/Shutterstock)

A cápsula foi transportada de avião até a Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (CAST), em Pequim, na manhã de quarta-feira (26). Uma cerimônia de abertura foi realizada, e um trecho do momento pode ser visto abaixo, registrado pela China Central Television (CCTV) e divulgado pelo Space:

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O que indicam as amostras do lado oculto da Lua?

A sonda coletou um recipiente com cerca de 2 kg de amostras lunares. O material coletado ainda está sendo preparado para análise, e deve ser classificado e distribuído antes que pesquisadores de toda a China possam estudá-lo. O acesso provavelmente deve ser liberado a cientistas de outros países em dois anos, segundo o Space.

Chang’e 6 trouxe cerca de 2 kg de amostras do lado oculto da Lua à Terra. (Imagem: CNSA)

A missão também trouxe um detector de íons negativos à Agência Espacial Europeia (ESA), que deve ajudar a “entender melhor o ambiente da superfície e atuarão como um pioneiro para explorar populações de íons negativos em outros corpos sem ar no Sistema Solar, de planetas a asteroides e outras luas”, disse Martin Wieser, investigador principal de Íons Negativos na Superfície Lunar, em comunicado.

Apesar de ser conhecida como o lado ‘escuro’ da Lua, as duas áreas recebem aproximadamente a mesma quantidade de luz solar, mas apresentam diferenças significativas. As amostras da Chang’e 6 devem ajudar os investigadores a, finalmente, solucionar alguns mistérios sobre a face mais distante do satélite.

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