Você se considera um criador de conteúdo? A geração Z se enxerga assim

Um levantamento realizado nos Estados Unidos pelo YouTube, em parceria com a empresa de pesquisas SmithGeiger, descobriu que 65% dos jovens da Geração Z se descrevem como criadores de conteúdo de vídeo.

Não são necessariamente influenciadores, mas eles gostam de se comunicar por meio dessas gravações. O dado faz parte do relatório anual sobre tendências da plataforma.

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A descoberta veio por meio de uma série de entrevistas. O YouTube ouviu milhares de pessoas sobre como elas passam o tempo online.

O resultado bate com o que Pew Research Center relatou no fim do ano passado: YouTube e TikTok são os principais serviços de mídia social entre os adolescentes americanos. Ou seja, eles preferem o vídeo, seja para consumo, seja para comunicação.

Ah, se você não é muito ligado numa sopa de letrinhas, a Geração Z compreende os jovens nascidos entre 1995 e 2010, aproximadamente. Estamos falando, portanto, de adolescentes de 14 anos até adultos de 29.

Um fenômeno social

Você deve ter percebido nas redes sociais que os conteúdos têm cada vez mais vídeo e menos texto. Até mesmo as fotos foram jogadas para escanteio. O fenômeno TikTok já influenciou o Instagram e até mesmo o LinkedIn (sim, eu passei pelo feed esses dias e me deparei com várias gravações).

O YouTube, que sempre foi uma plataforma de vídeos, também surfa nessa onda. Mas o que teria acontecido nesse meio tempo? O jornal The Washington Post conversou com alguns especialistas para chegar a uma conclusão.

Os celulares viraram uma fonte de informação e criação para os jovens – Imagem: Rawpixel/Shutterstock

Um deles é Brendan Gahan, cofundador e CEO da Creator Authority, uma agência de marketing de influência. E ele disse o seguinte:

“O vídeo agora é a linguagem da internet. E isso acontece porque você tem um estúdio de produção na palma da sua mão”, disse Gahan.

A avaliação faz total sentido. Os celulares modernos possuem ótimos conjuntos de câmeras. Alie isso a aplicativos e pronto: você tem um estúdio à sua disposição.

Outro fator importante é que esses jovens cresceram com acesso a esse tipo de tecnologia. E, com a expansão da Inteligência Artificial nesse meio, temos as plataformas entregando cada vez mais conteúdo interessante e relevante para esses jovens.

Não só os jovens, mas também a sociedade como um todo.

Essa pesquisa sobre a qual estamos falando foi feita pelo YouTube – Imagem: PixieMe / Shutterstock.com

A internet e a diferença entre gerações

Quando a internet se popularizou, os especialistas afirmam que a grande maioria dos usuários eram “lurkers”, algo que pode ser traduzido como “espreitadores”.

Eram pessoas que gostavam de consumir conteúdo, mas que não se manifestavam.

A proporção, segundo integrantes da indústria, era de 9 lurkers em cada 10 usuários da internet – e apenas um era criador de conteúdo.

Hoje, segundo essa pesquisa do YouTube, pelo menos 65% dos jovens se consideram assim.

Não que serão os novos Whinderssons, mas eles simplesmente gostam de interagir dessa maneira.

Você, aliás, deve ter visto centenas de vídeos de reacts hoje ao rolar o dedo por uma dessas redes.

Ou algum story com a pessoa contando o dia dela.

Isso é bom ou ruim? Existem teses para os dois lados.

Mas fato é que estamos lidando com uma tendência que parece ter vindo para ficar.

Alguns desafios

Partindo desse pressuposto de que veio para ficar – e que essa geração será sempre assim -, cabe à sociedade entender e tentar extrair o que isso tem de melhor.

O que significa também identificar os pontos fracos. Jasmine Enberg, principal analista de mídia social da Emarketer, uma empresa de pesquisa e análise, destaca que esses jovens têm acreditado cada vez menos nos veículos tradicionais:

“Eles estão recorrendo a pessoas como eles para serem capazes de compreender e analisar coisas que veem nas notícias ou na sociedade, na cultura pop ou no entretenimento”, explicou a especialista.

A desinformação pode aumentar se os jovens pararem de usar os meios tradicionais de comunicação – Imagem: Skorzewiak / Shutterstock.com

Ou seja, os meios de comunicação devem aprender a falar com esse público, sob o risco da proliferação cada vez maior das fake news no ambiente da internet.

Outro ponto importante é a questão psicológica. A exposição às redes sociais é um dos grandes desafios da modernidade.

As informações são do Washington Post.

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