Categoria: Carros

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Emplacamento de veículos cai em maio, diz Fenabrave

Emplacamentos de veículos caiu 8,29% no mês em relação a abril, segundo dados da Fenabrave. Carros novos loja compra veículos automóveis preço natal rn
Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi
O emplacamento de veículos registrou uma queda de 12,02% em maio em relação a abril, informou a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) nesta terça-feira (4).
No mês, foram vendidos 194,3 mil veículos, desconsiderando motos e implementos rodoviários. Em abril, esse número era de 220,8 mil. No acumulado do ano, já foram emplacadas mais de 929,5 mil unidades.
Considerando apenas automóveis e comerciais leves, a retração registrada no período foi de 11,95%. No ano, as duas categorias somam 874,6 mil unidades emplacadas.
Segundo a federação, a redução observada no mês está ligada principalmente ao menor número de dias úteis no mês, em razão dos feriados.
Segundo o presidente da Fenabrave, Andreta Junior, apesar do momento de cautela vivida no mercado automobilístico, em meio às incertezas sobre quais podem ser os impactos advindos da tragédia do Rio Grande do Sul, o cenário de crédito continua a beneficiar o setor.
“As condições favoráveis do crédito mantiveram o mercado aquecido no restante do País, seja em maio como no acumulado dos cinco primeiros meses deste ano, fazendo com que o mercado total continue apontando viés positivo”, disse em nota. Ele reforça, ainda, que o volume de emplacamentos até maio é o melhor para o período desde 2014.
(Esta reportagem está em atualização)
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VW retoma produção em três fábricas no Brasil após férias coletivas por impacto das enchentes no RS

Segundo a montadora, a medida foi necessária pois algumas peças são produzidas no Sul do país. Período de férias coletivas chegou ao fim nesta segunda-feira (3). Fábrica da Volkswagen em Taubaté
Volkswagen/Divulgação
Funcionários de três unidades da Volkswagen retornaram ao trabalho nesta segunda-feira (3), após um período de férias coletivas por impacto na produção provocado pela tragédia do Rio Grande do Sul.
A medida afetou as fábricas de São Carlos (SP), Taubaté (SP) e São Bernardo do Campo (SP) – as três tiveram o período de férias coletivas encerrado nesta segunda.
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As férias coletivas tiveram início no dia 20 de maio. Em comunicado à imprensa, a empresa afirmou que a medida foi necessária porque, em função das chuvas e enchentes que atingiram o RS, alguns fornecedores de peças da Volkswagen do Brasil, com fábricas instaladas no estado, ficaram impossibilitados de produzir.
“As unidades estavam em férias coletivas desde 20 maio em função de alguns fornecedores de peças do Rio Grande do Sul estarem impossibilitados de produzir por conta das fortes chuvas no estado”, explica a Volks.
Estragos no Rio Grande do Sul
Fábio Tito/g1
As fábricas Anchieta e de Taubaté tiveram 10 dias de férias coletivas a partir de 20 de maio. O período se encerrou na quarta-feira (29), mas, por conta do feriado de Corpus Christi, os funcionários retornam ao trabalho apenas nesta segunda.
A fábrica de motores de São Carlos teve férias de 11 dias para parte do time de produção. A fábrica de São José dos Pinhais (PR) seguiu produzindo normalmente.
ENTENDA:
Como enchentes no Rio Grande do Sul prejudicam a produção de carros no país
Volks pretende colocar trabalhadores de Taubaté em férias coletivas
Impacto em Taubaté
Em comunicado enviado aos trabalhadores, o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região (Sindmetau) informou que 1,8 mil funcionários da cidade poderiam ser afetados com a medida.
Ainda segundo o sindicato, a medida foi necessária “devido à situação de calamidade pública no estado do Rio Grande do Sul e com possibilidade de afetar a produção em Taubaté”.
O g1 apurou que algumas peças usadas pela fábrica da Volkswagen em Taubaté são enviadas do Sul do país. Com a tragédia no RS, a produção dessas peças foi impactada.
O Sindmetau explicou ainda que a aplicação de férias coletivas está prevista no acordo coletivo de trabalho firmado entre a montadora e o Sindicato.
Fábrica da Volkswagen.
Celso Tavares/g1
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Aliança liderada pela 99 dobra meta de carros elétricos e passa a incluir motos

Grupo de empresas, que inclui Raízen, Movida, BYD e outras, já teria injetado R$ 245 milhões em iniciativa.
Raul Zito/ G1
Um grupo de empresas interessadas na expansão do transporte urbano com veículos eletrificados no Brasil ampliou objetivos depois de ter um desempenho melhor do que o esperado desde o lançamento em 2022, afirmou nesta quarta-feira a 99, líder da iniciativa.
A aliança inclui empresas como a distribuidora de combustíveis Raízen, a locadora de veículos Movida e a montadora chinesa BYD, entre outras.
Em 2022, o grupo tinha previsto alcançar 10 mil carros elétricos conectados ao aplicativo de transporte urbano da 99 até 2025. Mas, com os números tendo avançado mais rápido do que o previsto, as companhias dobraram o volume para 20 mil. (entenda mais abaixo)
Mas para além de dobrar a meta de carros elétricos na plataforma da 99, a aliança também anunciou a inclusão de motos eletrificadas para mototáxi na iniciativa, em parceria com duas montadoras nacionais, Vammo e Riba, além de ter incluído o aplicativo de entrega de comida iFood no grupo.
“A 99Moto é o negócio que mais cresce na indústria no Brasil nos últimos dois ou três anos. Somos líderes absolutos no segmento com 3,6 mil cidades cadastradas. Tem potencial de crescimento muito grande”, disse Thiago Hipolito, diretor sênior de inovação da 99, em entrevista à Reuters.
Segundo o executivo, o motivo de o grupo de empresas só agora ter incluído as motos eletrificadas na iniciativa é a evolução da tecnologia.
De acordo com Hipolito, dois anos atrás não havia modelos no Brasil com autonomia capaz de levar garupa para um serviço de mototáxi.
Ainda segundo o executivo, com a melhora tecnológica no segmento, o mototaxista pode ter uma economia de R$ 600 por mês com uma moto elétrica ante uma de motor a combustão. “Eles rodam 5 mil quilômetros por mês”, afirmou.
Carros elétricos e híbridos têm alta de 200% na Grande SP
Dobrando a meta
Com os bons resultados da iniciativa, Hipolito afirmou que o grupo de empresas acabou dobrando a meta prevista anteriormente.
“Hoje estamos mais rápido do que imaginávamos. O objetivo era 3,5 mil este ano e estamos agora em 4,1 mil. Revisamos para 8 mil neste ano e 20 mil ano que vem”, disse Thiago Hipolito, diretor sênior de inovação da 99, em entrevista à Reuters.
A companhia, controlada pela chinesa Didi, não revelou o investimento específico feito na aliança. Segundo Hipolito, no entanto, o grupo de empresas já teria injetado R$ 245 milhões na iniciativa só nos últimos dois anos. Considerando o investimento total da 99 em inovação — que inclui outros projetos — a programação prevê R$ 250 milhões até 2025.
O aumento da meta ocorre em um momento em que o Brasil se tornou o maior mercado de carros elétricos e híbridos da China, superando a Bélgica.
Em abril, as exportações de carros elétricos e híbridos plug-in da China para o Brasil aumentaram 13 vezes em relação ao ano anterior, atingindo 40.163 unidades.
Com isso, o país seguiu como o maior mercado para as montadoras chinesas pelo 2º mês consecutivo, de acordo com dados da Associação de Carros de Passageiros da China (CPCA). Em janeiro, o Brasil era o 10º maior mercado de exportação de carros eletrificados chineses.
Aumento de impostos
Em janeiro, o governo federal aumentou o Imposto de Importação de veículos elétricos. O processo será gradual e deve se estender até meados de 2026, quando o tributo chegará a 35%.
Segundo Hipolito, o aumento do imposto não será um problema para a aliança. “Para contornar o Imposto de Importação vamos ter fábrica local”, disse o executivo, referindo-se aos centros de produção da BYD na Bahia e da GWM em São Paulo.
“Nosso nicho […] se encaixa com a produção local começando a partir deste ano. Achamos que o imposto pudesse ser um problema, mas com a evolução das estratégias e da tecnologia, não vai ser”, acrescentou Hipolito, mencionando a queda nos preços dos veículos elétricos desde 2022 e a maior disponibilidade de modelos no país.
No lançamento da aliança, em 2022, o grupo teve dificuldade para encontrar 50 motoristas do aplicativo dispostos a encarar a locação do modelo elétrico Leaf, da Nissan, que custava quase R$ 300 mil.
“Hoje o número de carros [elétricos] tem crescido mais rápido do que imaginávamos”, disse Hipolito. A autonomia do Leaf não atingia os 200 km, ante os mais de 300 km alcançados por um BYD Dolphin, que custa mais barato.
Dolphin é o carro elétrico mais eficiente do Brasil
BYD/Divulgação
Com isso, a aliança da 99 está trazendo mais carros elétricos da BYD. Um total de 200 unidades do Dolphin serão importadas e disponibilizadas para locação a motoristas do aplicativo, por meio da parceria da aliança com o grupo brasileiro Osten, disse o executivo.
Hipolito evitou mencionar cifras da operação, mas o principal objetivo da 99 no incentivo aos carros elétricos é o engajamento dos motoristas com a plataforma.
“Engajamento nessa indústria custa muito dinheiro”, afirmou. “É a nossa principal métrica.”
Segundo ele, um carro elétrico para um motorista de aplicativo reduz em 80% o custo operacional ante um modelo a combustão.
Além dos carros da parceria com a Osten, a 99 incluiu na aliança o braço de locação de veículos elétricos da Renault no Brasil, a Mobilize, que vai disponibilizar também este ano 100 Leafs e 100 compactos Kwid a motoristas do aplicativo.
A 99 cobra uma comissão máxima de 19,99% no mês dos motoristas — mas no caso dos que dirigem o modelo Dolphin Mini a empresa cortou a taxa para 9,99%, também como forma de incentivar a adoção de carros elétricos na plataforma.
“O elétrico para algumas situações [como motorista de aplicativo] é mais eficiente. O motorista roda numa área 100% urbana e não precisa de viagens longas”, disse o executivo ao ser questionado sobre a meta de 10 mil estações de recarga até 2025 no Brasil que foi mantida pela aliança. “Por isso, se concentrar a infraestrutura de recarga numa área relativamente pequena resolve o problema.”
No Brasil, a principal rival da 99 é a norte-americana Uber.

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BYD Song Plus faz sucesso no Brasil e no mundo ao unir economia e conforto

Com dois motores, carro híbrido mais vendido do país tem autonomia impressionante. Está de olho nos veículos elétricos, mas quer dar esse passo começando por um modelo híbrido? O BYD Song Plus é ideal para entrar nesse universo. Carro híbrido mais vendido no Brasil e líder de vendas em híbridos plug-in no mundo, o SUV entrega economia com muito conforto e tecnologia.
O melhor é poder ter tudo isso em um carro com design atraente e moderno. Com exterior requintado e interior espaçoso, tem recursos tecnológicos que atendem muito bem o motorista e os demais ocupantes, aumentando o prazer em dirigir.
A autonomia combinada de 1.200 km é um grande diferencial, resultado da tecnologia super híbrida DM-i, capaz de mesclar os modos de utilização para garantir economia sem perder performance.
Infográfico – BYD
Divulgação
Conheça e encontre ainda mais razões para escolher o seu. No site da BYD, a ficha completa dá ainda mais detalhes.

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Cansado de andar a pé ou pegar ônibus lotado? Conheça os carros e motos mais buscados em MG

Levantamento feito por plataforma de compra e venda de veículos mostra que Fiat e Honda lideram ranking de novos e usados no estado. Honda Civic Si
Divulgação/Caio Mattos
Um levantamento feito por uma plataforma de compra e venda de veículos mostra os modelos de carros mais buscados em Minas Gerais. As marcas Fiat e Honda lideram o ranking de novos e usados no estado (veja abaixo).
Carros mais buscados em MG
Segundo dados da Webmotors, a Fiat Strada está em primeiro lugar na lista dos 0 km pesquisados em abril pelos usuários do site. Na sequência, aparecem a Ram Rampage e o Fiat Fastback.
Fiat Strada 2021
Divulgação/Fiat
Já o Honda Civic ocupa a primeira posição entre os seminovos, à frente do Volkswagen Gol e do Chevrolet Onix.
Motos
Honda CG 160 Fan 2020
Honda/Divulgação
No caso das motocicletas novas, a Honda fica no topo da lista das mais procuradas de abril, ocupando o pódio com os modelos CG 160 Fan, CG 160 Start es e CG 160 Titan. A fabricante japonesa também se destaca entre as motos seminovas (veja abaixo).
Motos mais procuradas em MG
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Condomínios podem negar ponto de recarga de carros elétricos; saiba o que pode ser feito

Prédios precisam de aval de engenheiro eletricista e técnico, e orientação é que haja aprovação em assembleia dos demais moradores para fazer instalação de carregadores. Regulamentação de segurança proposta pelo Corpo de Bombeiros de São Paulo pode dificultar ainda mais a questão. Carros elétricos
Divulgação
A venda de carros 100% elétricos tem ganhado força no mercado automotivo brasileiro e gerado debate em outros setores da economia.
Segundo dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), o volume de novos emplacamentos de veículos elétricos subiu mais de 1090% em abril deste ano em relação a igual mês de 2023.
O crescimento, no entanto, ainda vem de uma base baixa e o segmento ainda é bem pequeno quando comparado ao setor automotivo como um todo. Foram 6.705 emplacamentos de veículos elétricos em abril — número que responde por apenas 3% do mercado total, desconsiderando motos e implementos rodoviários.
Ainda que seja uma fatia pequena, é um fenômeno que não se pode mais ignorar. É cada vez mais comum ver empreendimentos imobiliários mais novos e estabelecimentos comerciais adotarem postos de recarga próprios, como forma de atrair compradores e clientes.
Mas há um outro lado, que causa polêmica: condomínios mais antigos não têm o preparo para receber carregadores, e têm inclusive negado a instalação de tomadas aos moradores, mesmo que eles se proponham a fazer as adaptações necessárias.
Além disso, um novo debate sobre a segurança desses pontos de recarga em garagens de condomínios residenciais e comerciais, aberto por uma regulamentação proposta pelo Corpo de Bombeiros de São Paulo para vagas de elétricos, também traz alguns pontos de atenção. (entenda mais abaixo)
Nessa reportagem você vai entender:
Quais os efeitos da venda de carros elétricos no mercado imobiliário?
É possível fazer a adaptação de um condomínio que não possua posto de recarga?
Como ficam os aspectos de segurança?
Quais os direitos do condomínio e do morador na instalação de postos de recarga?
Quais os efeitos da venda de carros elétricos no mercado imobiliário?
Tanto os veículos 100% elétricos como os híbridos plug-in precisam de pontos de recarga na garagem para que a bateria seja carregada quando o morador está em casa. Com o mercado em expansão, algumas construtoras já anunciam lançamentos imobiliários com postos de recarga instalados — hoje, um diferencial de mercado.
Segundo o vice-presidente de negócios da Gafisa, Luis Fernando Ortiz, por exemplo, a empresa já coloca pontos de recarga em todos os seus empreendimentos desde 2020.
“A energia é proveniente da área comum do condomínio; contudo, os condôminos terão a autonomia para definir, junto à futura administradora, o melhor modelo para aferição e cobrança”, diz.
O mesmo acontece com a Cyrela. Segundo o gerente-geral de negócios da companhia, Alexandre Dentes, “todos os empreendimentos já são projetados para que parte ou a totalidade das unidades possam instalar carregadores próprios em suas vagas”. Nesse caso, o pagamento é feito por uso (pay per use).
E a tendência também chega aos empreendimentos comerciais. De acordo com o presidente da HBR Realty, empresa irmã da Helbor que atua com malls e fachadas ativas, Alexandre Nakano, três projetos da companhia já foram pensados com vagas rotativas para recarga de carros elétricos.
“À medida que os veículos elétricos vêm se tornando cada vez mais populares, a demanda por infraestrutura de recarga aumenta. E os empreendimentos estão respondendo a essa demanda para atrair esses clientes”, afirma a gerente do centro de atendimento técnico da Lello, Raquel Bueno.
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É possível fazer a adaptação de um condomínio que não possua posto de recarga?
Segundo especialistas consultados pelo g1, é possível, sim, que um condomínio mais antigo faça a adaptação de suas estruturas para oferecer um posto de recarga de carros elétricos para seus moradores.
Para isso, no entanto, são necessários:
Um debate sobre uma possível adaptação entre os moradores. O tema deve ser levado a uma assembleia qualificada (com quórum de 50% + 1) do condomínio – ou simples, se for acordado com os condôminos – e ter a aprovação da maioria dos moradores; e
Uma análise de um engenheiro eletricista ou de um perito técnico especializado para avaliar se a estrutura elétrica pode receber um posto de recarga e qual a sua capacidade.
“O projeto técnico ainda precisa ser aprovado pelo síndico, porque é ele que também responderá caso a obra seja malfeita e venha a prejudicar algum morador”, explica o especialista em direito imobiliário e sócio da Tapai Advogados, Marcelo Tapai.
Outro ponto levantado pelos especialistas é a discussão sobre qual será a energia utilizada para a recarga desses veículos.
“O que pode ser feito nessas situações é: depois que as pessoas conseguem a autorização do condomínio para colocar uma tomada em sua vaga de garagem, essa tomada é ligada dentro do seu relógio de energia elétrica. E é tudo pago pelo próprio morador”, diz o advogado especialista em direito imobiliário e professor na Uninove Alessandro Azzoni.
Para driblar o problema, as próprias montadoras também oferecem carregadores portáteis para veículos elétricos como alternativa aos seus clientes. Há casos de venda à parte ou já incluindo na compra do carro.
Na BYD, por exemplo, todos os modelos comercializados já vêm, de forma promocional, o wallbox (equipamento de uso fixo para recarga, normalmente instalado nas garagens) e também um carregador portátil que pode ser conectado em qualquer tomada de 110V ou 220V.
O mesmo acontece com os carros elétricos vendidos pela BMW e da GWM. Já a Volvo faz a venda à parte do wallbox.
Wallbox da BYD vem de forma promocional na compra do carro.
Divulgação/ BYD
O síndico profissional Rodrigo Lobo, que exerce a profissão em diferentes condomínios de São Paulo, afirmou que já existe uma demanda crescente por parte dos moradores — principalmente naqueles condomínios que já conseguiram fazer a instalação de um ou mais pontos de recarga.
“O síndico tem que ter a habilidade e as facetas de conhecimento de como colocar esse ponto de carregamento no edifício, de maneira a atender o condômino sem prejudicar toda a massa condominial e a segurança”, afirma.
Ele conta o caso específico de um condomínio. Após receber a solicitação de um morador, Lobo chamou um engenheiro elétrico para fazer a análise do edifício, que constatou que o prédio não teria uma capacidade ampliada para o abastecimento de carros elétricos — conseguindo instalar o ponto de recarga em apenas dez vagas do prédio, que tem 266 unidades.
“Além disso, esbarramos em outro problema, que é a conta de consumo dessa energia e como fazer a aferição disso em larga escala. […] Nesse caso, então, optamos por uma companhia terceirizada, que fez todo o processo de vistoria de responsabilidade técnica e disponibilizou um aplicativo, por meio do qual conseguimos acompanhar todo o consumo mensal”, explica.
Como o número de vagas é limitado, no entanto, novas soluções precisarão ser pensadas caso surjam mais demandas de condôminos para a instalação de pontos de recarga no prédio.
“Nesse caso, se mais gente pedir, ou precisaremos fazer um revezamento entre as vagas de recarga ou teremos que fazer uma reforma em todo o quadro elétrico do condomínio”, disse.
Caso a última opção seja escolhida, uma assembleia com quórum simples precisará ser feita para aprovação da medida. “Alguns condôminos podem se sentir lesados em pagar um aumento de tecnologia de infraestrutura do condomínio. Mas como isso acaba sendo uma benfeitoria”, diz Lobo.
“Minha recomendação é que se leve para assembleia e, se a maioria aceitar, o custo será repassado para todos os proprietários”, completa.
Como ficam os aspectos de segurança?
Junto com a questão do consumo de energia do condomínio, os debates também se estendem à segurança desses pontos de recarga em garagens de prédios residenciais e comerciais.
No início de abril, por exemplo, o Corpo de Bombeiros da Polícia Militar de São Paulo divulgou uma minuta em que traz propostas para regulamentar a instalação e o funcionamento de ponto de recarga elétrica para veículos.
A iniciativa visa aumentar as medidas de segurança contra incêndio em carros elétricos, principalmente devido ao potencial risco de ignição das baterias de íons de lítio, que podem aumentar consideravelmente a carga de incêndios em estacionamentos.
A minuta traz uma série de propostas como forma de mitigar os riscos de incêndio, e deve ficar em consulta pública até o começo de agosto — prazo já prorrogado pelo Corpo de Bombeiros.
Veja alguns dos pontos abaixo:
Instalação de um ponto de desligamento manual de cada estação de recarga com vigilância permanente;
Sinalizações de emergência;
Distância de pelo menos cinco metros entre as vagas de recarga elétrica em áreas externas;
Proteção mínima de dois extintores de incêndio a uma distância de no máximo 15 metros;
Sistema próprio de detecção de incêndio e instalação de chuveiros automáticos em cada vaga automotiva com base de carregamento, entre outros.
Para o síndico profissional Rodrigo Lobo, apesar de algumas das medidas serem importantes para aumentar a segurança, alguns pontos podem acabar inviabilizando a adequação do prédio e a instalação de pontos de recarga — principalmente em condomínios que possuem um espaço restrito de garagem.
“Tem muita discussão sobre o tema, justamente porque hoje a legislação referente às vagas dos edifícios, inclusive em São Paulo, é muito restrita e antiga. Se em muitos lugares você mal consegue abrir a porta do seu carro se ele tem outro veículo na vaga lateral, imagine falando em um carro elétrico, se for o caso de precisar ter duas vagas de recuo? […] Isso praticamente impossibilita qualquer tipo de adequação”, diz.
Caso a medida seja aprovada nesses termos, o síndico profissional acredita que a saída seria fazer um ponto de recarga transitório. “Vai depender do condomínio que tiver espaço para fazer ao menos um ponto de carregamento, precisando ser transitório. Mas isso ainda é um debate que está acontecendo”, completa.
Quais os direitos do condomínio e do morador na instalação de postos de recarga?
Segundo os especialistas em direito imobiliário, ainda não há uma jurisprudência que determine a obrigação dos condomínios em adaptar suas estruturas para receber um posto de recarga de carros elétricos.
“O condomínio não tem obrigação nenhuma em instalar essas tomadas porque não há a obrigatoriedade de ter um sistema de abastecimento de energia dentro do prédio”, explica Azzoni.
Algumas regiões, no entanto, já começam a trazer normas para incentivar a instalação em novos empreendimentos. Em São Paulo, por exemplo, já existem normas que regulamentam soluções de recarga para carros elétricos, bem como no Rio de Janeiro, no Distrito Federal e em outras regiões.
“Em muitas regiões estão sendo implementadas leis e regulamentações que incentivam ou até exigem a instalação de infraestrutura de carregamento elétrico em novos empreendimentos”, diz Bueno, da Lello.
Já do lado do consumidor, os especialistas reiteram a necessidade de avaliar cuidadosamente os ônus e os bônus de comprar um carro elétrico antes mesmo de pensar em instalar um posto de recarga na residência.
“Direito de pedir [a instalação do posto de recarga], o condômino sempre tem. Mas a questão sobre o condomínio querer ou não instalar não é tão simplista assim”, pondera Tapai.
Segundo o advogado, o primeiro problema em que essas situações esbarram é o econômico-financeiro, de quanto custa para fazer a instalação e quais as eventuais limitações técnicas que o prédio possa ter.
“Mesmo que o condômino garanta que vai pagar tudo o que for necessário para a instalação da tomada, é preciso entender a capacidade elétrica do prédio”, diz Tapai, explicando que, principalmente em condomínios mais antigos, uma instalação que exceda a demanda calculada do prédio pode até provocar incêndios, trazendo riscos de segurança para a estrutura própria e as vizinhas.
O advogado ainda reitera que o morador que comprar um carro elétrico não pode fazer a instalação do posto de recarga por conta própria. Caso isso aconteça, o síndico é o responsável por intervir na situação e os demais moradores podem entrar com uma ação tanto contra o síndico como contra o condomínio.
“No meu entendimento, o melhor caminho para se chegar a um acordo é sempre a conversa. É complicado chegarmos ao extremismo do ‘cada um com seus problemas’, mas se a edificação for imprópria, se for inviável ou se a maioria dos moradores não quiser, infelizmente o dono do carro vai precisar buscar outro imóvel para conseguir ter um posto de recarga”, completa Tapai.

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Carros elétricos, concorrência chinesa e lançamento: presidente da Volvo Car Brasil fala ao g1

Marcelo Godoy concedeu entrevista após o evento de apresentação do EX30, novo carro de entrada da marca. Veículo 100% elétrico parte de R$ 229.950. Marcelo Godoy, presidente da Volvo Car Brasil
Divulgação/Volvo Car Brasil
A Volvo Car Brasil corre pelas beiradas da grande notícia do setor automotivo neste ano, que é a rodada bilionária de investimentos no Brasil por parte das montadoras. O presidente Marcelo Godoy faz questão, contudo, de se colocar como participante do momento virtuoso do mercado brasileiro.
Ele ressalta que a Volvo, uma importadora de veículos, decidiu renunciar de parte de sua margem de lucro para segurar os preços em meio ao aumento do imposto de importação, decidido pelo governo federal para este ano.
“A Volvo fez um único repasse para o cliente final, muito menor do que os 18% determinados pelo governo. Foi algo em torno de 7%”, afirma Godoy em entrevista ao g1.
“Eu posso dizer que esse é um investimento porque a montadora está lucrando menos para desenvolver o mercado nesse e nos próximos anos.”
Nesta semana, a empresa fez o lançamento oficial do novo modelo EX30, a grande aposta da marca para dobrar o volume de vendas no país.
Em 2024, a empresa emplacou cerca de 8,2 mil veículos. Com o EX30, a ideia é adicionar outros 8 mil à conta. Em pré-venda realizada desde o último trimestre do ano passado, a Volvo vendeu 2 mil unidades do lançamento.
O EX30 já respeita a meta da Volvo de vender apenas carros 100% elétricos até 2030. Escolhido para ser o carro de entrada da marca, ele faz companhia aos quatro modelos à venda no país: XC40, C40, XC60 e XC90.
A novidade terá três versões:
Core: R$ 229.950
Plus: R$ 277.950
Ultra: R$ 293.950
Ao g1, Godoy falou da estratégia da Volvo no Brasil e comentou sobre as nuances vividas pelo mercado automotivo brasileiro, incluindo sua concorrência com os elétricos chineses.
Da saída da Ford ao recorde de investimentos: o que reacendeu o ânimo das montadoras no Br
Veja a entrevista abaixo.
g1 – A grande notícia do mercado automotivo nesse ano foi a rodada de investimentos que as montadoras anunciaram no Brasil. Como a Volvo é uma importadora, acaba ficando de fora disso. Qual o papel da empresa nesse contexto?
Quando se olha o mapa global de grandes mercados, como China, Europa e Estados Unidos, fica meio claro que o Brasil pode atrair investimentos se fizer o dever de casa. O país sempre foi um polo de investimentos, isso está acontecendo agora para a indústria de carros porque o dinheiro está rodando dentro do setor. Eu adoro isso, e acho que esse país tem tudo para crescer.
A Volvo trabalha como importadora, mas gosto de reforçar: a marca fez, sim, um investimento grande no Brasil. Com o aumento do imposto de importação, a Volvo fez um único repasse para o cliente final, muito menor do que os 18% determinados pelo governo. Foi algo em torno de 7%.
Eu posso dizer que esse é um investimento porque a montadora está lucrando menos para desenvolver o mercado nesse e nos próximos anos.
Outro ponto importante: os importadores geram muito emprego. Tem toda a importação, a rede concessionária. E o grande diferencial dos importadores é a tecnologia que é trazida para o país, que ajuda a reverberar a competição para quem tem uma fábrica local.
g1 – Além de renunciar de parte da margem de lucro, qual é o plano de competitividade da Volvo com a chegada dos chineses, por exemplo, que miram no mercado de elétricos e estão trazendo as fábricas pra cá para driblar o imposto de importação?
É um bom ponto, mas produzir um carro no país não é dos lugares mais baratos. É sabido que ainda temos um custo alto de produção, falta a produtividade. O frete que eu pago da China até o meu porto em Cariacica (ES) é o mesmo valor de Cariacica para a Bahia. Vindo de navio e, aqui, entrando em carreta.
Do ponto de vista de produção, talvez o custo vai ficar mais barato. Mas meu carro é produzido na China, e tem um custo muito atrativo para o EX30. E os outros carros, eu consegui criar uma marca e precificá-lo de uma forma que o preço e a minha rentabilidade estão preservados.
Quando tiver a 35% [o imposto de importação], temos ferramentas para lutar contra o aperto de margem. Preciso diminuir os meus custos, ter uma operação mais enxuta. Ter uma eficiência melhor. E, eventualmente, esperar por um câmbio que me ajude.
Minha mensagem é: nada muda nossos planos e ambição de aumentar o volume. Se o imposto de importação for conforme está escrito — e, para mim, o melhor é ter tempo para me programar —, isso não afeta em nada os nossos planos.
Um dia, quem sabe, mantendo um volume alto e a nossa relevância dentro da matriz, podemos pensar em outras saídas.
EX30, lançamento da Volvo Car Brasil
Divulgação/Volvo Car Brasil
g1 – Mas é possível se manter competitivos a prazo mais longo, em meio ao aumento de imposto?
Os aumentos para esse ano e até para o ano que vem, com preço que temos, estão bem equalizados. A rentabilidade é boa enquanto está atrativo para vender carro no Brasil. Se precisar de algum aumento de preço no futuro, toda a indústria vai ter que fazer um ajuste de preço parecido.
g1 – Sobre essa questão de volume, o EX30 é o lançamento para ser uma espécie de carro de entrada da Volvo. Mas o preço está bem acima de um BYD Dolphin, por exemplo. Tem uma diferença de público-alvo e posicionamento?
Minha visão sobre os chineses é a seguinte: a Volvo está desde 2017 construindo um mercado de eletrificação no Brasil. Todos que vierem me ajudar nessa construção serão bem-vindos. Sejam os chineses, seja quem está me ajudando a disseminar os carregadores, como a WEG, que está entrando forte nesse business. Eu estou aplaudindo.
Do ponto de vista do segmento, temos uma divisão entre elétricos e os elétricos premium. Hoje, dentro do elétrico premium, eu tenho 60% de market share.
A Volvo é muito vinculada ao carro elétrico. Se imaginarmos que o cliente vai entrar para o segmento elétrico, o caminho natural é chegar até mim. E estaremos preparados, tanto com o produto, como pelo foco em atendimento.
Do ponto de vista de estratégia, nosso diferencial há tempos é o cuidado com cliente. Não posso acessar um cliente só no momento que vou aumentar meu volume de venda. Eu preciso de uma proposta comercial para ele, atendê-lo durante toda a jornada.
Temos uma metodologia de venda direta que já permite ter os dados para entender o cliente e aplicar uma oferta focada nele. No atendimento na concessionária, com a digitalização, eu sei o que está acontecendo de uma forma mais rápida. Não vejo outras empresas focando nisso.
g1 – Dá para fazer isso com a escala, já que o foco é aumentar o volume de vendas?
Sim. Para o EX30, começamos uma base limpa com as 2 mil vendas que fizemos no pré-lançamento. Com os antigos, temos um pouco de trabalho. Mas começamos uma comunicação direta com o dono do carro, orientando sobre as possibilidades que ele oferece e antecipando questões, de forma personalizada.
Um exemplo de agora: perguntamos se os compradores do EX30 queriam receber o wallbox antes [carregador de parede para o carro elétrico]. Os clientes amaram. Nós sabemos das dificuldades que muitos enfrentam para instalar um carregador na residência, mas talvez o cliente não saiba antes.
Isso dá para escalar, e o EX30, que deve ter o maior volume de vendas, já nasceu correto.
EX30, lançamento da Volvo Car Brasil
Divulgação/Volvo Car Brasil
g1 – O EX30 foi feito para ser o carro-chefe de vendas? Ano passado, o líder foi o XC60, bem mais caro e com metade dos 8 mil carros vendidos pela Volvo. Qual a projeção com a entrada de mais um modelo?
A ideia é dobrar de volume esse ano, mantendo os números dos outros modelos do ano passado. Seria, então, uma adição de 8 mil unidades do EX30, e cerca de 15 mil a 16 mil no total.
g1 – A Volvo tem uma meta de só produzir carros elétricos até 2030. Aqui no Brasil, se fala mais do híbrido flex. Vocês estão seguros com a estratégia, pensando que o processo de eletrificação de boa parte dos concorrentes vai ser diferente?
A estratégia está intacta. Acreditamos no carro elétrico para o Brasil como matriz de crescimento e, principalmente, porque nossa matriz energética é muito limpa.
Tenho acompanhado por meio da Abeifa (Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores, da qual Godoy também é presidente) as discussões entre a indústria, o governo, o Ministério da Indústria e Comércio.
Os técnicos não querem prevalência de uma tecnologia em detrimento da outra. Eles querem ser neutros com relação à taxação. Então, existe boa vontade de todos em fazer acontecer — não só o carro elétrico ou híbrido a álcool, mas toda uma indústria mais limpa no Brasil.
Além disso, o híbrido flex funciona para o Brasil, mas não para outros mercados. Do ponto de vista de colocar o Brasil no radar de tecnologia, o elétrico coloca muito mais do que um híbrido a álcool. Se o Brasil for só para esse caminho, ficaria isolado do resto.
Infelizmente, não temos tamanho nem condições macroeconômicas para andar sozinhos. Precisamos estar acoplados em outros mercados para crescer, atrair investimentos etc.

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Toyota acerta acordo para fechar fábrica em Indaiatuba e transferir produção para Sorocaba

Sindicato dos Metalúrgicos divulgou nesta quinta (23) que acordo foi aprovado por trabalhadores, e prevê, além de estabilidade até 2026, pagamento de 45 salários aos que aderirem a saída voluntária. Planta da Toyota do Brasil em Indaiatuba
Toyota do Brasil / Arquivo Pessoal
O Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região divulgou nesta quinta-feira (23) que chegou a um acordo de salários e benefícios com a Toyota para os funcionários da unidade em Indaiatuba (SP), que será fechada pela montadora japonesa até 2026. A empresa vai ampliar sua planta em Sorocaba (SP).
Atualmente, a unidade instalada na cidade desde 1998 possui 1,5 mil funcionários, e é responsável pela produção do Corolla.
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Entre os principais pontos do acerto estão o pagamento de 45 salários e de outros dois salários extras por ano trabalhado para os que optarem para a saída voluntária da empresa (PDV). O acordo foi aprovado em assembleia na última quarta (22).
“Indaiatuba tem hoje 1.500 funcionários. A Toyota espera que eles a acompanhem nesta mudança para Sorocaba, onde a fabricante já tem uma planta. E oferece o PDV para os que decidirem não seguir conosco nesta jornada”, informou, em nota, a montadora.
A Toyota fará a transferência da unidade de forma gradual a partir de meados de 2025, e a medida faz parte do investimento de R$ 11 bilhões no Brasil até 2030, anunciado em março, e que prevê “o lançamento de novos produtos com a tecnologia híbrida flex”.
Fábrica da Toyota em Sorocaba (SP)
Divulgação; Revista AutoEsporte
Estabilidade, convênio, mudança…
Segundo o sindicato, todos os funcionários da planta em Indaiatuba terão estabilidade no emprego até julho de 2026, além da garantia de convênio médico e cartão cesta por 36 meses a partir da data de demissão.
Aos trabalhadores que optarem pela realocação na planta em Sorocaba, o acordo prevê estabilidade no emprego até julho de 2029.
Os trabalhadores que não mudarem de residência receberão 2 salários e R$ 15 mil, e os que optarem pela mudança receberão mais 2,4 salários.
“Os trabalhadores que optarem em ir para Sorocaba terão prazo de arrependimento de até 7 meses. Caso isso ocorra, podem pedir seu desligamento, recebendo os direitos com base no pacote de benefícios. Neste caso, serão descontados os valores recebidos na transferência”, destacou o sindicato em seu comunicado.
Planta em Indaiatuba
A fábrica da Toyota em Indaiatuba foi a segunda da marca no Brasil, sendo instalada em 1998, sendo responsável por fabricar mais de 1 milhão de unidades do modelo Toyota Corolla.
“Outro marco da unidade é que ali foram fabricados os primeiros modelos híbrido flex do mundo”, destacou a empresa.
O que diz a Toyota
Em nota, a Toyota do Brasil confirmou a conclusão, junto ao Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região, da “negociação da operacionalização da transferência e PDV dos funcionários de Indaiatuba”.
“A proposta foi elaborada em comum acordo entre a empresa e a entidade, e aprovada na Assembleia Soberana. Para conhecimento, o acordo oferece condições de apoio aos funcionários que optarem por acompanhar a companhia na mudança para Sorocaba, como auxílio transferência e um período de estabilidade. Para os que decidirem não seguir nessa jornada, a fabricante oferece o PDV, que inclui um pacote.
Como próximos passos, a Toyota aguarda a decisão individual dos funcionários. A empresa reitera que seguirá sua atuação baseada em manter o diálogo aberto e respeitoso com todos os agentes da sociedade”.
Foro de 2016 da fábrica da Toyota em Indaiatuba (SP)
Divulgação
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Uber vai lançar categoria que permite solicitar apenas carro híbrido e elétrico no Brasil

Estreia da modalidade Uber Green foi anunciada pelo CEO da Uber durante um evento em São Paulo que comemorou os 10 anos da empresa no país. Ela estará disponível para os usuários ‘nos próximos meses’. Dara Khosrowshahi, CEO da Uber, em evento na cidade de São Paulo
Divulgação/Uber
A Uber anunciou nesta quinta-feira (23) que vai lançar a categoria Uber Green no Brasil. Essa modalidade, já disponível em outros países, permite que usuários solicitem apenas veículos híbridos e elétricos para uma corrida.
O anúncio foi feito pelo próprio presidente-executivo global da Uber, Dara Khosrowshahi, que esteve no Brasil para comemorar os dez anos da operação da empresa no Brasil.
Ainda não há uma data para o lançamento do Green no Brasil. No entanto, Dara adiantou que o recurso chega por aqui “nos próximos meses”.
Principal concorrente da Uber no Brasil, a 99 já permite que seus passageiros façam viagens de carro elétrico, mas esses veículos estão disponíveis apenas em São Paulo.
Assim como o Uber X e o Confort, o Green tem uma precificação própria. A empresa, porém, ainda não informou se o valor será menor ou maior em relação às demais categorias disponíveis.
Citando as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul, Dara Khosrowshahi disse que o Uber Green surge em um momento crucial com as mudanças climáticas.
“Precisamos nos unir com fabricantes de veículos, instituições financeiras e locadoras de carro, por exemplo, para enfrentar esse desafio, com a urgência que ele demanda”, afirmou o executivo.
“Os desafios climáticos são como um esporte em equipe, nenhuma empresa ou instituição consegue colocar seus planos em prática sozinha”, completou.
10 anos de operação no Brasil
O evento realizado em São Paulo também trouxe números sobre os dez anos de operação no país.
A empresa informou que está hoje em 26 capitais e em mais de 500 cidades no Brasil. Já são 125 milhões de usuários e mais de 11 bilhões de viagens realizadas nesses últimos dez anos.
Também foi anunciado que, entre 2019 e 2024, o impacto da Uber no país superou R$ 273 bilhões, segundo um levantamento da Fundação Getulio Vargas (FGV) feito a pedido da Uber.
Ao todo, R$ 140 bilhões foram repassados aos profissionais que hoje utilizam a plataforma para gerar renda, segundo a companhia.
Embora tenha revelado esses números, a empresa não comentou sobre regulamentação da profissão de motorista de aplicativo.
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Dona da Fiat e da Jeep anuncia investimento de R$ 14 bilhões em Betim e expansão da linha de motores

Presidente da Stellantis para América do Sul, Emanuele Cappellano, também confirmou nesta segunda-feira (20) o lançamento de veículos com a tecnologia bio-hybrid em 2024. Ele disse ainda que as chuvas no Rio Grande do Sul podem impactar indústria. Fábrica da Stellantis em Betim
Divulgação
A Stellantis, dona de marcas como Fiat, Jeep, Peugeot e Citroën, vai investir R$ 14 bilhões no polo automotivo de Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, entre 2025 e 2030. O valor corresponde a 46% do aporte de R$ 30 bilhões nas fábricas do Brasil anunciado pela montadora em março – a planta da Grande BH vai receber a maior cifra.
Outros R$ 454 milhões serão aplicados ainda em 2024 na expansão da linha de motores de Betim, com o objetivo de ampliar a capacidade produtiva de 750 mil para 1,1 milhão de unidades por ano.
Stellantis, dona de Fiat e Jeep, anuncia investimento de R$ 30 bilhões no Brasil até 2030
Stellantis explica como serão aplicados os R$ 30 bilhões em investimentos no Brasil
O presidente da Stellantis para América do Sul, Emanuele Cappellano, também confirmou nesta segunda-feira (20) o lançamento de veículos com a tecnologia bio-hybrid neste ano. A previsão é de que o modelo, que combina eletrificação com motores flex movidos a etanol, chegue ao mercado no segundo semestre.
“O etanol junto com a eletrificação atuam como a tecnologia que, de fato, é mais barata que outras formas, como o elétrico puro, é muito sustentável e muito consistente com a matriz energética do país”, disse Cappellano.
Emanuele Cappellano fala sobre planos da Stellantis
Rafaela Mansur/ g1
Segundo ele, 2024 “começou bem” para a montadora, que atingiu 30,3% de market share no Brasil no primeiro trimestre.
Cappellano não detalhou como e onde os outros R$ 16 bilhões serão investidos no país, mas disse que os recursos são necessários para viabilizar a transição tecnológica e lançamentos – estão previstos 40 novos modelos até 2030.
“[O recurso será investido em] Trazer novas tecnologias, renovar todo o nosso line-up, com carros novos ou a renovação de carros existentes, trazer novas plataformas e arquiteturas bio-hybrid, plataformas que tenham a habilidade de carregar níveis diferentes de hibridização ou eletrificação, e depois trazer os motores híbridos”, explicou.
Impactos das chuvas no Rio Grande do Sul
Ainda de acordo com Cappellano, a Stellantis acompanha com “atenção” a situação das enchentes no Rio Grande do Sul, onde há fornecedores e concessionárias ligadas à montadora. Ele destacou que “com certeza haverá algum impacto a nível industrial”.
“O nosso foco é dar continuidade à nossa produção e, de fato, atender as exigências da planta para garantir o dia a dia”, afirmou.
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